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A Secretária de Educação, juntamente com a Diretora de Ensino denunciada no mesmo processo no qual o ex-Secretário de Educação, Mauro Jorge, foi condenado a devolver R$ 400 mil aos cofres públicos pela compra do livro “Entre sol e chuva”, estão realizando rodadas de palestras com base no referido livro e com a presença da personagem da obra.
As palestras estão sendo realizadas às pressas e quase sem público,afirmam gestores de escolas da rede estadual de ensino, mas o personagem do livro circulou em algumas escolas de Rio Branco, o que foi registrado em fotos, matéria no site oficial do governo e divulgado nas redes sociais.
O projeto-piloto causou mal estar entre os gestores . Muitos estão insatisfeitos por serem obrigados a participar do que suspeitam ser uma “encenação”para justificar a compra do livro.
A Secretaria de Educação comprou 25 mil exemplares do livro “Entre Sol e Chuva” da Editora Nova Produções pela quantia de R$ 1,4 milhão, adquiridos através de uma carona em licitação realizada por prefeituras do interior do Amazonas.
Há cerca de duas semanas o ex-Secretário de Educação do estado, Mauro Jorge foi condenado pelo TCE a devolver dinheiro pela compra do referido livro, no processo em que o Ministério Público de Contas, sugeriu a devolução de R$ 1,2 milhão por haver indícios de desvio de finalidade, superfaturamento, impedimento da livre concorrência e direcionamento de licitação.
Apesar de outras 4 pessoas terem sido arroladas no processo, inclusive a Diretora de Ensino Denise dos Santos, que acompanha a Secretária Socorro Neri nas palestras, apenas Mauro Sérgio foi condenado. Leia Aqui
Na matéria oficial, a Secretária de Educação, Socorro Neri declarou: “A fala do Arlem (personagem do livro), nos diz muito do porquê da realização deste projeto-piloto. Cada coração que for despertado para esse grande perigo, que põe em risco a saúde, a vida familiar e a sobrevivência física e psicológica, terá validado esta iniciativa”.
No início de setembro, a Secretária de Educação abriu um processo administrativo para apurar possíveis irregularidades cometidas pela Diretora de Ensino que a acompanha no “projeto-piloto” a partir do livro Entre sol e Chuva, cuja compra foi questionada pelos Tribunais de Contas.
