O governador em exercício, Major Rocha (PSL), tornou sem efeito a exoneração das duas funcionárias da Codisacre que denunciaram a cobrança de “rachadinha”na Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Acre, estatal falida.
Entenda o caso
A Delegacia de Combate à Corrupção (Decor) apurou a denúncia de contratação de comissionados condicionada a devolução de parte dos salários para a Diretora Administrativa e Financeira da Codisacre, Valdete de Souza e a obrigatoriedade de prestação de serviços domésticos na casa de Valdete.
Durante a investigação a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa da diretora. No final da apuração, o delegado da Delegacia Especializada no Combate à Corrupção, Pedro Resende, encaminhou ofício ao secretário da Casa Civil, Flávio Pereira, recomendando as exonerações da diretora financeira Valdete de Souza e de Antonio Reatequim, entre outros. Em vez de cumprir a recomendação, o governador Gladson Cameli manteve Valdete no cargo, deu uma Cec 4 para Antonio Reatequim na Secretaria Estadual de Saúde e exonerou as duas pessoas que motivaram a investigação
Nesta quinta-feira, o governador em exercício, Wherles Rocha, corrigiu uma parte do equívoco, readmitindo as duas denunciantes.
O governador em exercício também fez publicar no Diário Oficial desta quinta-feira (04), a exoneração de João Paulo Setti do cargo de Procurador Geral do Estado. A exoneração que foi anunciada na quarta-feira (03), provocou a reação do titular. Da Europa, onde foi participar da Cop 26 (Veja Aqui), Cameli anunciou que anteciparia o retorno ao Acre por causa das decisões de Rocha. Ao site Ac24horas, Gladson disse que não podia falar sobre o caso dos precatórios que motivou a exoneração de Setti do cargo de Procurador Geral do Estado por não ter visto o processo: ” há somente denúncias”. Mas completou: “…Essa questão envolve vários poderes, como o judiciário, ele [Rocha] está mexendo com muita gente. Cada um carrega a cruz que suporta”.
Foto de capa- AcreAgora