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Gladson pode deixar de ser candidato a reeleição para ser cabo eleitoral de Márcio Bittar na disputa pelo governo

Gladson pode deixar de ser candidato a reeleição para ser cabo eleitoral de Márcio Bittar na disputa pelo governo

O governador Gladson Cameli (PP), era o candidato de Bolsonaro por influência do PP de Ciro Nogueira. Entretanto, o jogo tende a mudar com a candidatura de Márcio Bittar(PSL) , ao governo, com o apoio de Cameli e dos Bolsonaro. O acordo tem como pano de fundo a salvação da pele de Cameli de uma possível prisão.

Fonte do acreinfoco garante que o senador Márcio Bittar propôs um acordo ao governador Gladson Cameli, através do qual, Gladson se transformaria de candidato à reeleição em cabo eleitoral de Bittar na disputa deste ano. Em outras palavras, Gladson não disputaria a reeleição e apoiaria Márcio para o governo do estado. Em troca o senador garantiria a proteção necessária para que Gladson concluísse o mandato e após ficar sem ele não fosse para a prisão. O acordo passaria diretamente pela família Bolsonaro, especificamente pelo senador Flávio Bolsonaro (PL). Seria algo como “eu te protejo, você abre para eu ser governador, e você conclui o mandato”.

Gladson pode deixar de ser candidato a reeleição para ser cabo eleitoral de Márcio Bittar na disputa pelo governo
Gladson pode deixar de ser candidato a reeleição para ser cabo eleitoral de Márcio Bittar na disputa pelo governo

Segundo a com fonte de dentro do Palácio, Gladson reagiu mal à proposta. Surpreso, teria respondido que de maneira alguma desistiria. Seria candidato à reeleição, teria garantido. Entretanto dias depois, ao perceber que as dificuldades estavam se avolumando, teria tomado a iniciativa de procurar Márcio Bittar, concordando com a proposta.

Ao ficar sem mandato, os processos contra Gladson desceriam do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para o TRF1, tendo que recomeçar do zero, o que daria uma sobrevida para Gladson Cameli a exemplo do que ocorreu com o tio dele, Orleir Cameli.

As insistentes declarações do governador sobre o interesse político com vistas a eleição, já seriam segundo a fonte “um jeito de mostrar que estava atento às movimentações de Márcio Bittar”.  Desde o dia 30 de dezembro de 2021, o governador insiste que há “dedo político” na repercussão nacional da Operação Ptolomeu.  Desde 16 de dezembro, a mídia nacional divulga diariamente notícias sobre as investigações da Polícia Federal, autorizadas pelo STJ.  A Veja de 8 janeiro de 2021 diz que “No total, são R$ 1,6 bilhão, conforme a documentação coletada pelo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) e apresentada ao tribunal, em Brasília. A maior parte do dinheiro teria sido desviada desde que Cameli chegou ao governo, em 2019, e concentrada na área de Saúde. Ele alega inocência, licitude nos negócios privados e correção na condução do governo. Atribui tudo à perseguição de adversários na disputa pelo poder estadual”.veja

O “adversário” interessado na disputa pelo poder estadual, seria Márcio Bittar, a quem Gladson Cameli não teria tido coragem de nominar, garante a fonte, indignada com o que taxa de “proposta indecente”. A cobrança feita pelo governador a respeito de R$ 50 milhões de verbas federais que deveriam ter sido destinadas ao Acre e foram para outros estados ( Veja Aqui ), feita durante uma entrevista na rádio de Feijó, era endereçada ao senador: “Ali ele já sabia que o Márcio não era aliado e queria o governo”.

No dia 7 de janeiro (sexta-feira), o texto instigante do jornalista João Roberto Braña, intitulado “O fantasma do afastamento do governador “questiona: “quem está por trás desse bombardeio contra o governador?…quem estaria bancando esse cerco? Nada no Brasil, muito menos no Acre, acontece sem o ingrediente político…Talvez GladsonC não tenha entendido a deixa, a pista de um ministro de Bolsonaro dias atrás, quando disse que ele ‘é o candidato do presidente no Acre’…Será? É o tipo de declaração…bem…Sabe quando o presidente de um time de futebol, depois de uma derrota, diz que ‘o técnico está prestigiado e vai continuar…pois é… A propósito, o senador MBittar será candidato ao governo?”. Leia o artigo completo em oestadodoacre

O acordo, proposto por Márcio Bittar, contempla o PP com a manutenção da candidatura de Mailza Gomes para o Senado, mas causa indignação entre os apoiadores mais próximos de Gladson Cameli que acreditam na possibilidade dele provar a inocência e ganhar o segundo mandato. Além disso, contrapõem, Márcio Bittar também  pode vir a ter  a Polícia Federal em suas pegadas por supostas irregularidades na distribuição do chamado “orçamento paralelo” ( Leia Aqui ) e por compra de terras no município amazonense de Boca do Acre.

“O Márcio Bittar é muito inteligente mas subestima a inteligência dos outros. Eu espero que o governador Gladson ouça os conselhos e analise bem a situação”, disse o informante.

Caso Gladson Cameli, opte mesmo em renunciar à reeleição em favor de Márcio Bittar, vai perpetuar a sina da família Cameli. Seu tio, Orleir Cameli que iniciou seu mandato de governador em 1995, teve as primeiras suspeitas de irregularidades com apenas 7 meses de mandato, quando foi acusado de desviar verbas públicas para as empresas de seu pai, a Marmud Cameli & Cia., durante sua gestão na prefeitura de Cruzeiro do Sul.

Orleir Cameli – Wikipédia, a enciclopédia livre

Em outubro seguinte (três meses depois) a investigação do desvio de verbas para a Marmud Cameli desencadeou uma série de novas denúncias de irregularidades relativas à administração estadual, trazidas à luz por seu primo e deputado estadual Wagner Sales (MDB). As acusações deram origem à abertura de inquéritos pelo Ministério Público e Receita Federal.

Entre as denúncias que tiveram maior repercussão, esteve a que ligou o então governador, Orleir Cameli, tio de Gladson, ao narcotráfico, principalmente depois que, ainda em outubro de 1995, um avião de sua propriedade, recém-adquirido nos EUA, foi retido no aeroporto de Cumbica, em São Paulo, carregando contrabando de diversas mercadorias e sob o comando de um piloto que respondia a processo por tráfico de entorpecentes. A suspeita de sua ligação com o tráfico de cocaína ganhou consistência quando a empresa petrolífera colombiana Mobil Ami, envolvida na lavagem de dinheiro proveniente dos negócios com a droga, ofereceu ao governo acreano 165 milhões de dólares a título de empréstimo e, em troca, como garantia, se apropriaria da terça parte do território estadual. No final de outubro, a Receita Federal descobriu em nome de Orleir Cameli, quatro números de CPF, dos quais dois eram falsos.

Enquanto empresários que o apoiaram enriqueciam, o aprofundamento das investigações levou a novas pistas indicando seu envolvimento com a corrupção e o enriquecimento ilícito. Suas empresas eram acusadas de promover devastação de terras indígenas, contrabando de madeira e trabalho escravo. Pesaram sobre ele, ainda, acusações de peculato, crime contra o patrimônio público e falsidade ideológica, perfazendo um total de 16 inquéritos. Em novembro de 1995, novas acusações indicaram o envolvimento de membros do seu governo nas irregularidades e existência de caixa dois para o pagamento de propina aos deputados estaduais que o apoiavam.

Em fevereiro de 1996, Cameli foi intimado a depor em Brasília para esclarecer a denúncia de que sua empresa em Cruzeiro do Sul havia recebido, durante seu mandato, uma soma elevada da prefeitura, e ele não conseguiu se explicar. Enquanto isso, a oposição na Assembleia Legislativa tentava, afastá-lo do governo com o apoio de parte expressiva de sua base de apoio. Uma sucessão de reuniões inclusive na casa de seu vice não prosperaram e em abril de 1996, o pedido de impeachment foi rejeitado, apesar da descoberta de um quinto número no CPF e uma avalanche de irregularidades denunciadas na Assembléia que incluíam peculato, desvio de verba pública, dispensa ilegal de licitação, falsidade ideológica, contrabando, ligação com o narcotráfico, empréstimo ilegal, retenção indevida de contribuição sindical, devastação ambiental, mentiras reiteradas, violação da patente de direitos, desobediência à ordem judicial e tentativa de venda de porção do território nacional a narcotraficantes estrangeiros. Fonte Fundação Getúlio Vargas

Embora tenha sido o primeiro governador do Acre com a chance de concorrer à reeleição pois foi durante seu mandato que foi aprovada a Emenda da Reeleição para presidentes e governadores, Orleir não concorreu. Diante do quadro desfavorável,  Cameli desistiu de concorrer a novo mandato. O nome de Orleir também aparece no escândalo da compra de votos para a aprovação da Emenda da Reeleição. Em gravações que vazaram para a imprensa, o então deputado Ronivon Santiago afirma ter recebido R$ 200 mil para votar a favor da emenda da reeleição: “Os compradores do voto de Ronivon, segundo ele próprio, foram dois governadores: Orleir Cameli (sem partido), do Acre, e Amazonino Mendes (PFL), do Amazonas”.

Dos 8 deputados federais do Acre, 6 votaram a favor da emenda da reeleição. Leia a matéria completa Aqui

Governadores que foram afastados ou presos

 Wilson Witzel, que foi afastado pelo STJ do cargo, por esquemas na pasta da Saúde

Anthony Garotinho-preso pela Polícia Federal em novembro de 2016, por compra de votos durante eleição em Campos. Em 2017,  condenado a 9 anos e 11 meses de prisão e preso mais uma vez.  Em 22 de novembro do mesmo ano, ele foi preso de novo junto com a mulher Rosinha Garotinho e solto depois de 29 dias. Em setembro de 2019, voltou para a prisão sob acusação de superfaturamento de contratos entre a Prefeitura de Campos e a construtora Odebrecht.

Sérgio Cabral– preso desde 2016. Acusado de ser o comandante de um complexo esquema criminoso, totaliza penas que ultrapassam os 294 anos.

Luiz Fernando Pezão– Preso por denúncias de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa durante o exercício do mandato.

Mauro Carlesse- foi afastado do governo do Tocantins pelo STJ em outubro de 2021 por suspeita de participação em fraudes no total de R$ 45 milhões. O presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins,  Antônio Andrade (PSL), aceitou um pedido de abertura de processo de impeachment no dia 7 de dezembro.

Caso Gladson Cameli

O governador do Acre, Gladson Cameli  é alvo das investigações determinadas pelo STJ que apuram suspeitas de enriquecimento ilícito, cerca de R$ 1 milhão por ano de mandato;  movimentações atípicas nas contas das empresas da família dele; acusações de recebimento de vantagens indevidas para o direcionamento de certames e formalização de contratos superfaturados, lavagem de dinheiro, acusação de chefiar organização criminosa e corrupção. Tem até o dia 10 de janeiro de 2022, dois pedidos de impeachment protocolados na Assembleia Legislativa do Acre, que é presidida pelo cunhado dele. Leia Mais

Foto-Contilnet

 

 

 

 

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