Regalias de ex-chefe de gabinete de Gladson, na prisão, são questionadas e podem resultar em novas ações

Recebemos a informação, através de uma fonte palaciana, que a Polícia Federal oficiou nesta semana o comandante do Batalhão de Operações Especiais( BOPE), questionando os motivos que levaram a ex-chefe de Gabinete do Governador Gladson Cameli, Rosângela Gama, presa por obstrução à justiça na operação Ptolomeu, a ficar detida na sede do BOPE.
Os questionamentos da Polícia Federal se deram, segundo o Delegado, porque a ex-chefe de gabinete não atende aos requisitos listados no artigo 295 do código do processo penal, que define os casos de prisão especial.

De acordo com o artigo, a prisão especial se destina a ministros, governadores, prefeitos, vereadores e chefes de polícia; membros do parlamento nacional e estadual e do Conselho de Economia; cidadãos inscritos no Livro do Mérito; oficiais das Forças Armadas e militares; magistrados; diplomados por faculdades superiores da República; ministros religiosos e do Tribunal de Contas; os que já foram jurados e delegados de polícia.

 

 

De acordo com a fonte, a cela especial da ex-chefe de gabinete do governador Gladson Cameli (PP), possui aparelho de tv e ela dispõe de internet.

Ainda nos foi informado que em resposta à Polícia Federal, o comandante do Batalhão teria dito que tal medida foi adotada, única e exclusivamente, por ordem do Secretário de Segurança Pública, o que no entender da nossa fonte, que é ligada à área do Direito, poderia ser considerada uma tentativa de obstrução à justiça.

A ex-chefe de gabinete, que deveria estar presa na unidade de detenção feminina segundo ele,  está hospitalizada com covid, no hospital Santa Juliana, com escolta policial na porta, há mais de uma semana. Ela teria saído sem autorização judicial para atendimento externo.

O jornalista Leo Rosas postou em sua página no Facebook um questionamento que mostra que a história se espalhou.

Rosângela Gama Pequeno foi presa pela Polícia Federal em 22 de dezembro de 2021, durante a Operação Ptolomeu( Veja Aqui  ) que investigou a existência de uma possível organização criminosa que de acordo com as investigações, lesou o Acre em quase R$ 1 bilhão de recursos do Fundeb e do SUS e que resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão autorizados pelo STJ nas residências do governador do pai e do irmão de Gladson Cameli, assim como no Palácio do governo e na Casa Civil. Veja Aqui