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Mara Rocha reafirma tranquilidade em disputa com Márcio Bittar sobre o PL e deve oficializar saída do PSDB

Mara Rocha reafirma tranquilidade em disputa com Márcio Bittar sobre o PL e deve oficializar saída do PSDB

A deputada federal Mara Rocha vai aproveitar a janela partidária que abre nesta quinta-feira (03), para deixar o PSDB. A janela de migração partidária é o prazo para políticos com mandato mudarem de partido sem o risco de perder os mandatos. O prazo para mudar de partido sem sofrer penalidades encerra no dia 01 de abril.

Mara Rocha aguarda desde o ano passado a janela partidária para anunciar a desfiliação do PSDB, pelo qual foi eleita em 2018. O caminho natural seria o PL. A parlamentar foi convidada pelo presidente do partido, Valdemar da Costa Neto há cerca de um ano, com a promessa de dirigir o PL no Acre e a intenção de disputar uma candidatura majoritária em 2022. A deputada comandou a mudança da sede do PL cuja inauguração em setembro de 2021,  contou com a presença do  deputado federal Capitão Augusto (PL- SP), membro da executiva nacional. Na ocasião, o Capitão Augusto garantiu toda a estrutura do 3º maior partido da Câmara Federal para a campanha de Mara Rocha a quem lançou como candidata do PL ao governo do Acre.  Leia Aqui

Entretanto, o senador Márcio Bittar entrou em campo para se apropriar do PL do Acre com o objetivo de eleger a Márcia Bittar para o Senado. Antes de iniciar a campanha, o casal anunciou o fim do casamento, o que foi posto em dúvida com um “barraco” ocorrido durante uma sessão na Câmara de Vereadores de Rio Branco, em fevereiro de 2022, quando compondo a mesa de honra, Márcia se apossou do celular do ex-marido. No final do vídeo, é possível ver Márcio tomando o telefone das mãos de Márcia.

Assista ao vídeo

Márcio Bittar conta com o apoio do senador Flávio Bolsonaro (PL). A filiação de Márcia no PL, está praticamente definida e os Bittar afirmam que Flávio Bolsonaro cumprirá agenda com o casal no Acre, com direito a carreata e participação em reuniões em apoio à candidatura de Márcia ao Senado.

Vale ressaltar que em dezembro de 2021, em entrevista a uma rádio no município de Feijó, o governador Gladson Cameli questionou a destinação de R$ 50 milhões de parlamentar do Acre para outros estados. Veja Aqui

Na análise de muitos, a declaração do governador demonstrou desconforto e desconfiança em relação ao senador Márcio Bittar, uma vez que foi ele que foi acusado pela imprensa nacional de ter destinado recursos para munícipios de Goiás e Ceará. Leia Aqui

Com o PL, a família Bittar assume o controle de ao menos oito partidos no Acre, que pretendem apoiar a reeleição de Gladson Cameli e Jair Bolsonaro, com a candidatura única de Márcia Bittar para o Senado.

O senador não mediu esforços para atingir seu objetivo. Tomou o PSL, o Solidariedade, o Republicanos e agora está em vias de tomar o PL. Com isso tentaria inviabilizar as candidaturas dos mais fortes oponentes, Mara Rocha e Alan Rick.  Alan está no União Brasil, presidido por Márcio e Mara iria para o PL presidido por Márcia. Dessa forma conseguiria polarizar a disputa ao Senado com Jorge Viana (PT), possívelmente apostando numa vitória “por falta de opção”, que reuniria os votos anti-PT.

O plano esbarra na determinação da senadora Mailza Gomes (PP), que não abre mão da candidatura e da deputada Mara Rocha que mesmo se for traída pela executiva nacional do PL, desconhece a palavra desistência.

Nesta terça-feira (01) em entrevista à TV Gazeta ela disse : ““Nós sairemos sim, do PSDB. A sigla tem adotado uma linha mais à esquerda e entendemos que esse é o pior caminho para o Brasil. Desde o ano passado estamos organizando o Partido Liberal que hoje é o partido do presidente Bolsonaro, mas temos informações que o senador Márcio Bittar está tentando nos tomar a sigla para inviabilizar nossa candidatura a um cargo majoritário favorecendo, dessa forma, a esposa dele que aparece candidata ao Senado  e, também favorecendo o atual governo do Estado do Acre, que é apoiado por Bittar. Nós continuamos confiando na palavra do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, e, caso essa palavra não seja cumprida nós temos o convite de vários partidos que querem abraçar nossa candidatura a um cargo majoritário e, diferente dos demais, mesmo não tendo sido lançada oficialmente, já aparece muito bem pontuada em várias pesquisas. Nós estamos tranquilos” .

 

Márcio Bittar tomou o Republicanos que entregou para o filho dele; tomou o Solidariedade das mãos de Vanda Milani, também pré-candidata ao Senado, e entregou para Moisés Diniz; tomou o PSL que ao se fundir com o DEM de Alan Rick, também pré-candidato ao Senado, formou o União Brasil sob a presidência de Bittar; colocou Charlene Lima na presidência do PTB de Roberto Jefferson. Não obteve sucesso na tentativa de tomar o MDB de Flaviano Melo, porque a executiva nacional levou em conta a lderança e antiguidade deste. Passou como um trator limpando o caminho para a candidatura da esposa, ou ex, Márcia Bittar, na esperança dela ser a única opção da Direita ao Senado, mas o jogo ainda está sendo jogado. Mara Rocha tem trabalho para apresentar e em fevereiro deste ano foi escolhida pelo rankimg do plenário como a melhor parlamentar do Acre. Veja Aqui

Márcia Bittar é a ex-esposa do político Márcio Bittar.

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