Após anunciar um prejuízo de R$ 2,85 bilhões no segundo trimestre, a Gol prevê cortar em cerca de 10% a oferta de voos para agosto e setembro, em meio à escalada de custos decorrente da alta do querosene de aviação e à desvalorização do real. “Prevemos que as tarifas vão continuar (altas) na segunda metade do ano, mas conseguimos oferecer preços mais atrativos desde que o cliente se programe para viajar com antecedência”, disse ontem, em teleconferência, o presidente da empresa, Celso Ferrer.
Com esse cenário, a Gol projeta para o segundo semestre passagens aéreas mais caras. “O inventário para o segundo semestre já está com um patamar de tarifas mais saudável, capaz de fazer frente ao aumento do combustível, e a curva de tarifas está mais distribuída para democratizar o transporte aéreo mesmo num cenário de custos altos.”
O prejuízo de R$ 2,85 bilhões no segundo trimestre reverte o lucro de R$ 642,9 milhões registrado no mesmo período do ano passado. Já a receita líquida triplicou de abril a junho, para R$ 3,2 bilhões.
Gol postergou para 2023 retomada integral de suas operações
A aérea anunciou ainda a revisão da perspectiva para 2022, com redução da projeção de taxa de ocupação média de 82% para 80% no ano, além da diminuição da oferta consolidada medida pelo assento quilômetro ofertado (ASK) para o ano. Segundo executivos, uma das medidas adotadas pela companhia foi reorganizar a oferta em determinadas rotas, como na ponte aérea.
“Cerca de 50% do nosso transporte a executar virá com tarifas mais elevadas no segundo semestre.”
Fonte- MSN Noticias