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Brasileiro tenta atirar em Cristina Kirchner na Argentina: atentados se multiplicam na América do Sul

No cia 25 de agosto, a comitiva do recém empossado presidente se Esquerda da Colômbia, Gustavo Petro, sofreu um atentado.

Neste primeiro de setembro à tarde, o irmão do presidente Gabriel Boric, do Chile foi espancado na rua, na capital do país. Boric é adversário do Pinochetismo e recentemente disse que a América do Sul tem que reagir em bloco em caso de golpe no Brasil. À noite, a vice-presidente da Argentina, a peronista Cristina Kirchner sofreu uma tentativa de assassinato. O conjunto de situações levou alguns analistas a concluírem que a democracia está com uma arma apontada sobre si,

A polícia o identificou o homem que atentou contra a vida de Kirchner como  Fernando Andrés Sabag Montiel, um brasileiro de 35 anos com antecedentes criminais -em março de 2021 ele tinha sido detido portando uma faca de 35 centímetros, no bairro de La Paternal, onde supostamente morava.

Canais de TV captaram as imagens de quando a ex-presidente deixava seu carro, rodeada por uma multidão de apoiadores. Em determinado momento, ela abaixa a cabeça quando alguém com o que parece ser uma pistola se aproxima a menos de 1 metro dela. Imagens publicadas nas redes sociais mostram o momento de diversos ângulos.

O ministro da Segurança, Aníbal Fernández, disse que o homem estava armado com uma pistola 3.8 e que ele teria tentado puxar o gatilho, sem sucesso. Segundo a emissora C5N, a arma teria falhado.

Momentos depois do ataque, a oposição divulgou um comunicado pedindo uma investigação urgente e condenando o que chamou de ato de violência. A militância ligada ao peronismo fez novas convocações para que apoiadores se reúnam em frente à casa de Cristina.

O caso ganhou repercussão internacional e líderes políticos de toda a América Latina se manifestaram.

Políticos no Brasil também se manifestaram. “Toda a minha solidariedade à companheira Cristina Kirchner, vítima de um fascista criminoso que não sabe respeitar divergências e a diversidade”, escreveu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Twitter. “Cristina é uma mulher que merece o respeito de qualquer democrata no mundo. Graças a Deus ela escapou ilesa.”

O homem teria saído correndo depois de tentar atirar. Segundo a polícia, cinco pessoas teriam seguido atrás dele, permitido aos agentes o identificarem como autor do ataque. A pistola teria sido encontrada na calçada.

Segundo o jornal Clarín, sua passagem pela polícia se deu quando ele foi interceptado por dirigir sem a placa traseira -ele afirmou às autoridades que ela havia caído dias antes por causa de um acidente. Os agentes pediram então que ele saísse do veículo e, quando a porta do carro se abriu, uma faca de 35 centímetros de comprimento caiu no chão.

O brasileiro afirmou que usava o objeto para se defender, e foi autuado pelo porte de arma. Segundo registros comerciais encontrados pelo mesmo jornal, ele atuaria como motorista de aplicativo e tinha um Chevrolet Prisma em seu nome.

Há mais de uma semana, a residência de Cristina se transformou em ponto de encontro de manifestantes pró e contra a ex-mandatária. Os protestos começaram quando o promotor Diego Luciani pediu uma pena de prisão de 12 anos para a política, que é acusada de chefiar um esquema de associação ilícita e fraude ao Estado no período em que foi presidente (2007-2015).

Luciani também solicitou que Cristina seja inabilitada a concorrer a cargos públicos para o resto da vida e que sejam devolvidos aos cofres públicos 5,3 bilhões de pesos (R$ 200 milhões). Lideranças políticas do mundo todo, apontam para um caso de Lawfare, uma espécie de judicialização da política que os EUA utiliza para desestabilizar governos que não lhes são simpáticos e citam vários casos de Lawfare, como Lula, Rafael Correa, Evo Morales e Fernando Lugo como exemplos recentes.

“Estão esperando que matem a um peronista”, havia dito na tarde desta quinta o filho de Cristina, Máximo Kirchner, referindo-se ao fato de a polícia da cidade de Buenos Aires, governada pela oposição, ter abandonado a vigilância do local depois dos incidentes da noite do último sábado (27), quando houve enfrentamento com apoiadores da ex-presidente.

Um grupo de militantes do movimento La Cámpora estourou fogos de artifício e derrubou barreiras que haviam sido colocadas pelo governo local para, segundo a versão oficial, impedir o trânsito de veículos e “respeitar os vizinhos, que não dormem”. O argumento foi lido por apoiadores de Cristina como provocação.

Houve tumulto quando os manifestantes encontraram os agentes de segurança e a polícia reprimiu os atos com jatos de água e gás lacrimogêneo. Duas pessoas foram presas e sete policiais ficaram feridos, segundo a agência Reuters.

Ao fim da confusão, Fernández escreveu no Twitter que a operação policial “longe de contribuir para a tranquilidade, gerou um clima de insegurança e intimidação”. Já o ex-presidente Mauricio Macri culpou Cristina pelo tumulto.

 

 

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