O senador Márcio Bittar (União), pressiona o governador Gladson Cameli (PP), por uma das Secretarias de Estado mais importantes, a de Saúde. O candidato do senador que foi relator do Orçamento (Veja Aqui), Fábio Rueda, foi derrotado na disputa por uma vaga de deputado federal na eleição de 2022. Rueda é médico pernambucano.
Bittar aposta na força política do partido que terá dois senadores (ele próprio e Alan Rick), três deputados federais (Meire Serafim, Coronel Ulysses e Eduardo Veloso) e dois deputados estaduais (Gilberto Lira e Wendy Lima), na próxima legislatura.
Uma força política considerável não fosse o fato do partido ser oposição ao governo eleito (Lula da Silva (PT)). Alan Rick, Márcio Bittar e coronel Ulysses, já se declararam oposição. Para o governo estadual, parlamentares de oposição ao governo federal não acrescentam. No âmbito estadual, seja qual for a decisão do chefe do Executivo do estado, dificilmente não contaria com o apoio de Wendy Lima.
No Palácio a avaliação é que se a indicação de Rueda fosse para atender a força política, teria chance. “Só interessaria se fosse o pacote fechado”, afirma fonte do Palácio. O que implicaria num necessário alinhamento político com a mudança de atitude dos parlamentares federais do União em relação ao Executivo nacional. Eles precisariam ter a compreensão política necessária para defender os interesses do Acre. “Alan Rick e Ulysses são apegados a questões de ideologia de gênero, preceitos religiosos e teorias da conspiração, como banheiro unissex, cartilha gay e mamadeira de” p#roca”, questões que obviamente não estão na pauta de discussão nacional. Precisariam se voltar para a realidade”, comenta a fonte sob a garantia do anonimato.
Além disso, Alan Rick e Márcio Bittar são forças opostas, o que ficou evidente durante a campanha eleitoral de 2022. Alan disputou o Senado pelo União Brasil, partido presidido por Márcio Bittar que apoiou a candidatura da ex-esposa Márcia Bittar que disputou a vaga pelo PL. Nesse contexto não está claro para o governo do estado se o nome de Fábio Rueda para Secretário de Saúde seria endossado por Alan Rick que sempre teve espaço na Sesacre.
Caso não seja uma decisão de partido e nas condições postas, não interessaria ao governo do estado que já teve experiências conflitantes durante o primeiro mandato com as indicações dos emedebistas Maria Alice, Eliane Sinhasique e Pádua Bruzugu, que ocuparam cargos que foram atribuídos à “escolha pessoal do governador” e não indicação do MDB. Dessa maneira, apesar de possuir cargos no governo, o MDB tinha no Legislativo Estadual um dos mais contundentes críticos à gestão estadual na pessoa do deputado Roberto Duarte, atualmente no Republicanos.
“A força política do União Brasil só interessa se o apoio for fechado aqui e em Brasília”, afirma a fonte que entende ser esta uma possibilidade remota.
Imagem- Sérgio Vale (Ac24Horas)