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Coluna da Angélica- A enchente e os políticos

1-Reclamação do leitor
“Este governo não sabe negociar. Eles enviam representante que nunca tem poder de decisão. Precisam de um coletivo para decidir qualquer coisa. Não é governo, é junta governativa”. O desabafo é de um leitor que se diz cansado de tentar negociar o PCCR dos engenheiros. Vale ressaltar que o governador Gladson Cameli (PP), é engenheiro civil, é membro do Sindicato da Categoria, o Senge e os engenheiros ameaçam greve por tempo indeterminado. Feito o registro.
2- Economia de guerra
Internautas reclamam que a rede Araújo de Supermercados passou a cobrar pelas caixas de papelão que os clientes utilizam para transportar as compras. Não duvidem que comecem a cobrar pelos sacos e sacolas plásticas usados com o mesmo fim e na sequência cobrar pelo uso dos carrinhos e ingresso para entrar nos supermercados. Exageram os internautas revoltados que mais um pouco e vão cobrar couvert artístico pelas músicas que tocam lá dentro…Estas é uma das poucas vantagens da livre concorrência: procurar estabelecimentos que mais se adequem aos desejos e necessidades. A rede em questão é grande no Acre, mas não é única. Basta olhar em volta.
Populismo em alta
Como diz o outro, o prefeito da capital, Tião Bocalom PP), não cansa de passar vergonha. A última dele foi um vídeo no qual aparece usurpando a função de carpinteiro para construir um abrigo para vítimas da enchente. No mesmo dia, o prefeito foi fotografado “ajudando” a descarregar um caminhão com produtos para os alagados. Boca descarregou duas cestas básicas. O suficiente para um flash. Antes disso, Bocalom ensaiou a veste de populista ao “ensinar” trabalhadores a construir uma parada de ônibus de madeira em Rio Branco. Parece estar se mirando no ex-prefeito Marcus Alexandre, justamente na mais prosaica de suas atitudes, quando se “deixava” fotografar na alagação desafiando a própria saúde com água da enchente até o joelho.  Menos pose e mais ações com resultados práticos é o que se espera dos administradores. Ceninhas a gente vê em filmes de propaganda e já chega.
Resultado prático
A população está saturada das cenas promocionais. Eles querem e precisam de resultados como por exemplo um acordo com empresários para facilitar a aquisição de eletrodomésticos, camas, colchões, fogões e afins para repor o que foi perdido na alagação. Para campanha de solidariedade não precisa de político com mandato. Isso o povo faz sozinho. Ninguém é eleito para pedir ajuda da população. Não é preciso pagar administradores políticos para isso. E já que não resolvem definitivamente o problema com residências em áreas seguras e vias com escoamento decente para evitar o acúmulo de água, por que não fizeram abrigos permanentes para acomodar os que têm as casas inundadas? Se fosse uma enchente no deserto do Saara, pegaria todo mundo de surpresa, mas no Acre, onde inverno sim e o outro também, famílias ficam desabrigadas, abrigos provisórios terem que ser construídos todo ano, é um pouco demais.
Companhia
Sabe aquela frase comum no Twitter “não vou ver isso sozinha”? Pois dá para usá-la em relação à entrevista do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom ao jornalista Itaan Arruda. Bocalom disse que “a inveja está muito grande em cima da nossa gestão, essa é a verdade”. Inegável que uma certa inveja todo mundo tem mesmo. Quem não invejaria viagens à Europa? O velho Boca parece viver numa outra dimensão de tempo. Na que ele apresenta, as pessoas vêm abraça-lo e beija-lo. Se observar direitinho poderemos ver os dedos das mãos do prefeito se transformando em salsichas, como o personagem do filme Tudo em todo o lugar ao mesmo tempo. A título de explicação- não entendi o filme, mas isso não importa porque também não entendo o prefeito.
Ladrão internacional
Os Estados Unidos costumam “reter” dinheiro de outros países em seus bancos. Já fizeram isso com a Venezuela e também com o Afeganistão. Depois que o Talebã retomou o poder em agosto de 2021, o governo dos Estados Unidos congelou cerca de 7 bilhões de dólares, o equivalente a mais de 35 bilhões de reais em ativos que o banco central afegão tinha no Federal Reserve de Nova York. A quantia representa mais de 40% das reservas de toda a moeda forte do Afeganistão. Por conta da falta de dinheiro o sistema de saúde está colapsando. A população afegã enfrenta problemas de desnutrição e surtos de doença como a poliomielite, covid-19, cólera, sarampo, malária e dengue. A ONU estima que 1 milhão de crianças morrerão de fome  em 2023 no Afeganistão devido a calamidade das sanções impostas pelos EUA. São 2800 crianças afegãs morrendo por dia.

Sombra

Pela movimentação do senador Alan Rick (União), parece que a disposição é mesmo enfrentar a disputa pelo governo do Acre em 2026. Ele está mais presente que nunca nas atividades no estado. Para alguns, Alan que prometia fazer uma ferrenha oposição ao presidente Lula reviu sua posição política e agora não pode ver um ministro que se acomoda na sombra. Os mais exagerados comentam que foi praticamente impossível capturar uma imagem da Ministra Marina Silva sem o Alan. Mudar de posição é sinal de inteligência. Até um macaco quando percebe que o galho em que está ameaça quebrar, pula para um ramo mais seguro. Quanto mais um humano. Quanto mais um político.

Ausente

O senador Sérgio Petecão (PSD), também continua muito presente no estado, com atividades e atribulações da enchente. Petecão é um dos que sempre sofrem com as enchentes em Rio Branco. A casa dele sempre é atingida. É tanto incômodo que me arrisco a pensar que quando se aposentar da política Petecão se mude definitivamente para a nova fazenda adquirida lá para as bandas do Distrito Federal. Já o senador Márcio Bittar parece mais interessado em defender o colega paranaense Sérgio Moro (Podemos), mas este deve precisar de muito mais que a defesa de Márcio. Depois do depoimento do Tacla Duran, as coisas devem esquentar para ele. Normal a atitude do Márcio, afinal os dois são de fora do Acre. Provavelmente não conheçam a realidade e o sofrimento do povo acreano.

-Insight

Sei não. Acordei hoje com Cazuza na cabeça. Cantarolando; “não me convidaram para essa festa pobre que os homens armaram para me comover…” Pelo que disse o Léo Rosas, a festa não foi nem pobre, nem para me comover. Foi “A” festa. E com razão. A idade da razão tem mais é que ser comemorada. Feliz Aniversário, atrasado, governador Gladson Cameli.

Bom dia presidente da FEM, ex-reitor Minoru Kinpara. É verdade que Vossa Excelência está sem espaço no PSDB e está se articulando para trocar o ninho tucano pelo Patriotas? Foi do PT, mudou para a Rede, entrou no PSDB e depois Patriotas? Seguindo a linha, seria demais cogitar que pode acabar no PL, de braços dados com Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto?

Esta é uma coluna de opinião
Imagem- Noticias da Hora

 

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