Os mais de 350 engenheiros ativos do Acre vão paralisar por 24 h na próxima sexta-feira (31). Eles se mantém em estado de greve desde o último dia 24 e uma nova assembleia da categoria está marcada para o dia três de abril. Nesta, não está descartada a aprovação de uma greve geral por tempo indeterminado.
A categoria tem urgência. No ano passado a adequação do PCCR dos engenheiros ficou na dependência dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, que o Estado havia ultrapassado. Portanto não houve negociação nem contraproposta. A promessa na época foi que quando o Acre entrasse na margem da LRF, haveria uma solução. No primeiro dia útil do segundo mandato de Gladson Cameli (PP), o Senge, Sindicato dos Engenheiros, ao qual o governador do Acre é filiado, protocolou uma nova proposta, que também ficou sem resposta apesar do governo estar dentro dos limites da LRF.
Na última sexta-feira (24), o Sindicato se reuniu novamente com o Secretário de Governo Alyson Bestene, que a exemplo das reuniões anteriores, não resolveu nada. “A desculpa agora é a alagação, mas os engenheiros também têm pressa porque com essa reforma e criação de cargos, a categoria teme que o Estado novamente ultrapasse os limites da LRF sem decidir sobre o PCCR, o que seria impossiblitado depois”, explica o presidente do Senge, engenheiro agrônomo Cláudio Mota. O primeiro quadrimestre do governo Gladson II, encerra em abril com reforma e contratações, o que pode levar o Estado a ultrapassar a LRF.
Segundo informações o clima é tenso tanto entre os 350 engenheiros ativos, quanto entre os cerca de 150 inativos que também têm direito a voto a favor ou contra uma paralisação por tempo indeterminado.