Os protestos contra o governo explodiram no dia 28 de abril. A população foi às ruas contra a reforma tributária do presidente Ivan Duque que puniu as classes mais desfavorecidas e a falta de gestão da pandemia. Soma-se a isso o fato do enriquecimento das elites em contraposição ao empobrecimento da classe trabalhadora.
O presidente reagiu com repressão. Colocou o exército e a polícia nas ruas, com o apoio de forças paramilitares. Já foram registrados assassinatos cometidos pelas forças de segurança do governo; prisões arbitrárias; centenas de feridos e a volta do estupro como arma de guerra contra o povo.
A violência da repressão popular na Colômbia chamou a atenção de organismos internacionais que destacam a semelhança com a Doutrina de Segurança Nacional criada nos Estados Unidos, durante o período da Guerra Fria que considerava o povo e suas lutas como “inimigos internos”.
Os Estados Unidos formaram milhares de militares latino-americanos em cursos ministrados na Escola das Américas, inicialmente localizada no Panamá e desde 2001 em Fort Benning (Geórgia), onde continua a operar sob o nome de Instituto do Hemisfério Ocidental para Cooperação em Segurança. .
A sobrevivência da Doutrina de Segurança Nacional.
Militares colombianos, assim como dos demais países da América do Sul, incluindo o Brasil, foram treinados nos Estados Unidos nos últimos 20 anos. A Doutrina de Segurança Nacional inspirou os golpes e as ditaduras sangrentas que varreram o cone sul na década de 1970.
A Colômbia tem sido a base ideológica da luta contra as insurgências e mobilizações populares, dos milhares de massacres impunes.
Desde o dia 28 de abril foram registradas 42 mortes e mais de 80 desaparecimentos.
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