
A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) realizou na manhã desta quarta-feira (27), uma Sessão Solene em homenagem ao dia do Funcionário Público e a todos os profissionais da Saúde que atuaram na linha de frente do combate à Covid-19.
Comemorada, anualmente, no dia 28 de outubro, a data foi instituída oficialmente pela Lei 8.112 de 11 de dezembro de 1990. A data surgiu através do Conselho Federal do Serviço Público Civil, em homenagem à criação das leis que regem os direitos e deveres dos servidores públicos.
O presidente do parlamento acreano, em exercício, deputado Chico Viga (Podemos), fez a abertura da solenidade destacando a importância da homenagem.
“O servidor público executa o papel de prestador de serviço proporcionado pelo Estado à sociedade, por isso, essa não pode ser vista como uma profissão qualquer. Não posso esquecer também dos nossos servidores da saúde, profissionais incríveis que foram gigantes nessa pandemia. Sejam todos bem-vindos à casa do povo”, disse.
A médica Fabíola de Oliveira, que atuou na linha de frente no Pronto Socorro da capital e na solenidade falou representando os demais servidores públicos, destacou as dificuldades enfrentadas durante a fase mais crítica da pandemia e como foi difícil ver colegas de trabalho sendo contaminados, e muitos perdendo suas vidas. A profissional também pontuou que essa fase difícil veio, dentre outras coisas, também para mostrar que o servidor da Saúde é um ser humano e também sofre, mas abdica da própria dor para ajudar a salvar vidas.
“Assim que fui avisada de que a minha enfermaria tinha sido escolhida para receber pacientes acometidos pela Covid-19, cheguei em casa e avisei minha família, mas em nenhum momento me despedi dela. Representar os servidores da Saúde me faz sentir honrada, pois saíamos de casa sem saber se voltaríamos. Foi triste ver colegas sendo contaminados, um deles desistiu da batalha contra o vírus após saber que a esposa havia perdido a vida para essa doença. Todos os servidores, desde a portaria até aqueles que atuam na UTI, foram incansáveis, guerreiros atuando para salvar vidas”, pontuou.
A profissional lembrou de um período quando a cada três horas saía um boletim de óbito. Foi nessa fase que ela e sua equipe decidiram por permitir um familiar como acompanhante. “Nós cuidávamos do amor da vida de alguém e fizemos de tudo para que essas pessoas tivessem a presença de alguém da sua família, daquela forma ela não se sentiria sozinha e isso ajudava a proteger o psicológico dela. Nós agimos na contramão fazendo isso, mas colocamos toda a nossa humanidade ali, e graças a Deus tivemos bons resultados e nenhum familiar contaminado”.
O que os deputados disseram:
Edvaldo Magalhães (PCdoB)
“Esse é um momento muito importante e de reconhecimento. Tem uma música do Nelson Gonçalves que explicita bem a importância de homenagearmos em vida esses valorosos trabalhadores. Ela diz: ‘Sei que amanhã quando eu morrer, os meus amigos vão dizer que eu tinha bom coração. Alguns até hão de chorar e querer me homenagear, fazendo de ouro um violão. Mas depois que o tempo passar, sei que ninguém vai se lembrar que eu fui embora. Por isso é que eu penso assim, se alguém quiser fazer por mim, que faça agora. Me dê as flores em vida, o carinho, a mão amiga, para aliviar meus pais. Depois que eu me chamar de saudade, não preciso de vaidade, quero preces e nada mais’. ”
Jenilson Leite (PSB)
“É uma satisfação muito grande receber esses profissionais aqui, e eu parabenizo o deputado José Bestene por esta iniciativa. No período mais grave da pandemia, nós parlamentares trabalhamos muito para que todo o suporte fosse dado aos pacientes. Eu também fui ajudar nos hospitais, atendendo e ajudando a suportar a demanda. Houve união entre todos. Essa pandemia revelou a importância do servidor público e do Sistema Único de Saúde. ”
Fonte- Aleac