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Durante a sessão extraordinária que votou o abono para os profissionais da Educação, o deputado Nicolau Júnior (PP), presidente do Legislativo Estadual, tentou por duas evitar que a Operação Ptolomeu (Leia Aqui ) fosse discutida. A tentativa de censura foi registrada durante o pronunciamento do deputado Daniel Zen (PT).
Daniel Zen destacava o fato da Operação Ptolomeu investigar desvio de recursos do SUS e do Fundeb, este último diretamente viculado à matéria em votação, quando o presidente Nicolau Júnior advertiu: “atenha-se à matéria em discussão, deputado”. O parlamentar petista insistiu no tema, justificando a ligação com a matéria, uma vez que a investigação inclui também verbas do Fundeb e recebeu outra advertência para que não se “desviasse do tema em votação”.
“Sou defensor do direito à ampla defesa e que esta seja assegurada, mas não posso deixar de salientar que nunca antes na história do Acre, a Polícia teve necessidade de entrar no Palácio do Governo, no escritório e na residência do governador por suspeitas de envolvimento do chefe do Executivo num desvio de dinheiro público que chega a R$ 800 milhões. Isso não pode passar em brancas nuvens. Não foi falta de alerta, diversas vezes denunciamos aqui nesta tribuna os casos que aconteciam nas diversas Secretarias, no Deracre, na selic e hoje atingiu o núcleo duro do governo”, disse Daniel Zen.
Dentre os 30 escândalos mencionados pelo deputado petista, estão o caso dos Precatórios (relembre Aqui ); o Avancard (relembre Aqui ); superfaturamento na aquisição de merenda escolar (relembre Aqui ); interferência em licitações (relembre Aqui ); atuação para impedir a instalação de uma CPI da Educação (relembre Aqui ); compra superfaturada de computadores para a Educação (relembre Aqui ); livros que são distribuídos gratuitamente pelo MEC comprados por R$ 13 milhões (relembre Aqui ); paradas de ônibus na frente das escolas (relembre Aqui ) e superfaturamento em obra do hospital de Campanha (relembre Aqui).
O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), reforçou as palavras do colega de parlamento: “a Operação Ptolomeu marca a crise política que vai se aprofundar nos próximos dias, subiu as escadarias do Palácio e se alojou no coração do governo. Para sair dela o governador vai precisar dar explicações claras e rápidas… se elas existirem”.
E o deputado Neném Almeida (Podemos), conlcluiu: “nós avisamos quando assinamos a CPI da Educação, morta antes de nascer e a corrupçao continuou. Nós avisamos, o governador não nos escuta…to triste por ver o estado do Acre nas manchetes negativas, mancha o nosso nome”.
A matéria corrige o erro cometido na coluna desta segunda-feira (20), onde afirmei que a oposição se calou sobre o escândalo. Veja Aqui
