Clinica Telemed'AC - Consultas médicas com clínicos e especialistas sem sair de casa no Acre

Moradores da Turquia e Síria temem guinada política ainda mais autoritária após terremotos

 

O pior terremoto dos últimos 80 anos que abalou a Turquia e a Síria, deixou 21 mil mortos, 78 mil feridos e mais de 20 mil desaparecidos, além de cidades devastadas.

Além do luto, dor e devastação, temor da população dos dois países é a possibilidade da implementação de medidas autoritárias.

Em Ancara, a resposta à catástrofe deve influenciar o desempenho do presidente Recep Tayyip Erdogan nas eleições de 14 de maio. A Turquia vive uma situação difícil com  inflação de 85,5%. A catástrofe ocorrida na madrugada de segunda-feira (6) aumentou a pressão sobre Erdogan que não consegue apresentar respostas rápidas: as ações de resgate em regiões próximas à Síria são dificultadas pelas  tempestades de inverno que impedem o tráfego em rodovias e a entrega de alimentos e de ajuda humanitária.

Após a tragédia, Erdogan decretou estado de emergência por três meses nas dez províncias atingidas pelo tremor. Especialistas em política internacional como Karabekir Akkoyunlu, professor de política e estudos internacionais da Escola de Estudos Orientais e Africanos, que faz parte da Universidade de Londres, entende ser grande o risco da Turquia  enveredar por um caminho mais autocrático em meio ao período eleitoral. Erdogan é apoiado ala muçulmana mais conservadora.

Em 20 anos de poder, Erdogan é acusado por críticos e opositores de erodir a independência do Judiciário, corroer a liberdade da imprensa e enfraquecer o respeito aos direitos humanos no país.

Em 2017, o líder turco alterou a Constituição para mudar o sistema de governo de parlamentar para presidencial. Segundo analistas, a medida abriu a prerrogativa para que Erdogan emitisse decretos, regulasse ministérios e removesse funcionários públicos sem precisar da aprovação do Parlamento.

Nas eleições de 2019, determinou a recontagem de votos após o candidato do partido governista perder a disputa municipal de Istambul. Ainda que o resultado tenha sido mantido, o episódio, segundo analistas, minou a credibilidade do sistema eleitoral turco.

Já Síria que enfrenta uma guerra civil há 12 anos, após o terremoto, o governo estabeleceu que a distribuição da ajuda humanitária seja feita pelo regime, o que significa a possibilidade de deixar as áreas dominadas por rebeldes sem ajuda.

Imagem- Noticia ao Minuto

 

Inscreva-se gratuitamente na Newsletter do Acre-In-Foco Notícias do Acre

Não perca nenhuma notícia do Acre! Inscreva-se na newsletter do Acre In Foco

Veja também

Nota pública sobre o pagamento do mês de abril

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), informa que, …