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Coluna da Angélica- Reviravolta: população se sensibiliza com renúncia de vereadora de Feijó

Sai não
O presidente da Fundação Elias Mansour, Minoru Kinpara disse que não tem intenção de sair do PSDB. Mas reconhece ter recebido convites de outros partidos. A decisão de permanecer no PSDB, segundo ele, é para “ajudar na reconstrução do partido  no Acre”. Feito o registro do que ele disse. Aguardemos. A política é cheia dos vai, não vai e acaba indo. Mais ou menos assim-“fez que foi mas não foi e acabou “fondo”.
Por que não eu?
A ex-ministra  Damares Alves (Republicanos), colocou as unhas de fora. A senadora paranaense, eleita pelo Distrito Federal, se coloca como uma alternativa de liderança da Direita, em substituição a Jair Bolsonaro. Em entrevista ao jornal O Globo, ela não deixou dúvidas sobre a pretensão: “tem eu. Não esqueçam que sou boa”. Há controvérsias. A maioria dos brasileiros dificilmente apostaria numa mulher e menos ainda em uma com um passado na goiabeira. Mas Damares acha que pode ser a alternativa da direita na eleição presidencial de 2026 se  Jair Bolsonaro (PL) ficar inelegível nos processos a que responde no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro teve um insight lá atrás. Ele não queria que Damares criasse asas e apoiou Flávia Arruda (PL). Michelle Bolsonaro deu asas a Damares que agora faz um teste de voo.
Briga
Seu conterrâneo paranaense, Sérgio Moro (União) é outro que tenta se viabilizar como o “herdeiro” de Bolsonaro na liderança da Direita. Mas, se Damares tem uma goiabeira no meio do caminho, Moro tem um Tacla Duran que pode colocar as pretensões dele no chão.  Tacla Duran que era advogado da Odebrecht na Lava Jato, conduzida por Moro,  teve uma ordem de prisão pedida por Sérgio Moro e disse que teve que pagar mais de 600 mil dólares a um advogado ligado a Moro, para não ser preso. Tacla, desde então, vive na Espanha.  Ele também afirma que recebeu um pedido de propina de 5 milhões de dólares que teria sido feito pelo advogado Carlos Zucolotto, amigo e padrinho do casamento de Moro para livrá-lo das denúncias da Lava Jato. Pelo jeito a disputa entre Damares e Sérgio Moro acabará soterrada por novos atores. No camarim, Tarcisio Freitas (Republicanos) e Romeu Zema (Novo),se preparam. Os adversários dos senadores paranaenses dizem que é preciso desbaratar o PCC- Primeiro Comando de Curitiba.
Fora
Existe até quem defenda que Sérgio Moro tenha o mandato cassado e seja preso por crime de Lesa-Pátria com base na Lei 7.170, Art. 4º. Moro postou no Twitter que pretende buscar apoio de estrangeiros para derrubar governo do Brasil “vamos formar um grupo de lideranças da América Latina para conter o populismo do PT, do peronismo e dos 3 piratas do caribe”. O post soa como uma ameaça explícita de interferência estrangeira na estabilidade do país e desafia as forças armadas cujo papel é defender a soberania nacional de ameaças estrangeiras.  Com isso Moro deve provocar também a reação dos outros países sul americanos que se sentirem ameaçados. Imaginem o que aconteceria com um político dos EUA por exemplo que anunciasse pelo Twitter que iria ao exterior buscar apoio para derrubar o governo? É grave e talvez o nosso Guaindó tupiniquim sofra as consequências. E chega de Moro senão vocês vão dizer que não gosto dele…e vão acertar.
Correu
A vereadora Aurelinda Portela do PP de Feijó, renunciou ao mandato para não ser cassada. Não sei o que mudou na Câmara de Vereadores local, porque em 2021 quando a vereadora foi presa pela primeira vez, os colegas parlamentares passaram a mão na cabeça dela. Aurelinda foi eleita em 2020, e já no ano seguinte em 2021 esteve envolvida com a polícia. Em 2022 foi presa. Permaneceu vereadora até esta terça-feira quando decidiu renunciar. Pesam contra a política, acusações de reter cartões de benefícios de indígenas  e sacar os benefícios no banco, em proveito próprio. Operação que envolveria ainda a filha e o marido dela. Todo o processo foi investigado na Operação Totomide da Polícia Federal. De acordo com a polícia, a vereadora se aproveitava do fato das vítimas serem analfabetas e fazia transações bancárias, como transferências, empréstimos e financiamentos em nome delas. O desvio, ainda de acordo com a polícia, atinge mais de 300 mil reais. Mas Aurelinda não tem que passar essa vergonha sozinha. Essa vergonha tem que ser divida entre todos os vereadores que não tomaram nenhuma atitude mesmo ela tendo sido presa. Até porquê pelo tamanho da cidade onde todo mundo se conhece, parece impossível que desconhecessem o problema uma vez que as prisões de Aurelinda, foram amplamente divulgadas.
-…e ganhou
Em seu discurso de renúncia, Aurelinda despediu-se da Câmara de Vereadores de Feijó dizendo-se perseguida pelos colegas e que a casa é um ninho de cobras. Ela reclamou da falta de solidariedade dos colegas e disse que se enganou pois quando assumiu o mandato pensou que os colegas de parlamento eram pessoas que “se doíam com a dor dos outros”. Afirmou ainda que sai da Câmara da maneira que entrou: de cabeça erguida. E que os que ficam “que morram abraçados, que é o que merecem”. Com isso, conquistou a simpatia de populares que defenderam a manutenção do mandato. É aquela história, cabeça de eleitor é terra em que ninguém anda. Ainda menos no Acre. Hoje, não se falava em outro coisa na cidade. Porém, o discurso da ex vereadora chamou mais atenção e foi mais comentado que sua renúncia.
Cobrança
O ex-deputado Jenilson Leite (PSB), ao lamentar a situação dos atingidos pela enchente, não deixou barato para os governantes que agora são filmados e fotografados em meio à alagação: “São fenômenos da natureza, mas isso é uma demonstração que precisamos melhorar muito a infraestrutura da nossa capital, trabalhar na elaboração de planos e projetos que possam tornar mais eficiente o serviço de drenagem dos bueiros e igarapés da nossa capital”, lembrou ele.
-Mão na massa
A tragédia da enchente do Rio Acre uniu todas as mãos no socorro às vítimas. Políticos com mandato são os que mais aparecem nas redes sociais prestando solidariedade aos atingidos. Entretanto, cidadãos comuns, anônimos, também estão mobilizados no socorro, embora sem flashes ou interesses. A gravidade da situação foi a única coisa que conseguiu tirar o ex-deputado Ney Amorim (Podemos), do retiro ao qual se recolheu depois da eleição. Ney foi visto distribuindo alimentos, medicamentos, e água potável às famílias atingidas. Não vimos até agora o pastor vereador Arnaldo Barros, do partido de Ney, erguer os olhos a Deus e orar pelos que sofrem com a enchente. O Pastor parece ter preferência mesmo é por batismos midiáticos através do qual diz tirar pessoas de facções criminosas.
…e pé no chão
O presidente do Legislativo Estadual, deputado Luiz Gonzaga (PSDB), é outro que sem estardalhaço midiático cumpre eu papel com iniciativas certeiras. A preocupação com a perda de documentos que podem atrasar e até inviabilizar o recebimento de benefícios como o Bolsa Família e o pedido de um mutirão do Tribunal de Justiça para providenciar a documentação através de um Projeto Cidadão, foi perfeito. Em geral, os mais atingidos são os mais necessitados. Não fosse a desigualdade que penaliza os mais frágeis diríamos que até a natureza seleciona suas vítimas.
Bom dia, governador Gladson Cameli. Vossa Excelência agiu rápido né? Decretar a antecipação do dinheiro das férias e gratificação natalina aos atingidos pela enchente foi uma sacada e tanto. Depois os adversários não entendem porque sua popularidade continua alta a despeito das acusações de desvio de dinheiro público e da PF na sua cola. Para quem precisa a escolha é óbvia- o governo ajuda, a PF não distribui dinheiro, embora uma análise mais profunda leve a uma constatação contrária. Mas quando o estômago ronca o certo e o errado se diluem nos sucos gástricos. C’est la vie. 
Esta é uma coluna de opinião
Contato- angellica.paiva@gmail.com
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