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Coluna da Angélica- E a Marina, hein?
Coluna da Angélica- E a Marina, hein?

Coluna da Angélica- E a Marina, hein?

1-Corretos

Os deputados do Acre agiram corretamente em não responder as críticas contra a acreana Marina Silva durante a reunião do Parlamento Amazônico. Eram os anfitriões. Não podiam maltratar os convidados. Por isso ouviram calados. Claro que entre os parlamentares acreanos, muitos não concordam com a Ministra do Meio Ambiente mas não endossaram as críticas. Foram educados. Ao contrário de Laerte Gomes do PSD de Rondônia que ao ver o nome e foto da ministra no Salão do Povo, disse que teve vontade de cancelar a participação na reunião. Wescley Tomaz do PSC do Pará, ampliou as críticas à Marina e incluiu nelas Jorge Viana. Não se vai à casa dos outros falar mal de seus filhos. E olhe que Laerte é líder do governo na Assembleia Legislativa de Rondônia. A Unale bem que poderia oferecer um curso de boas maneiras aos deputados estaduais. O deputado Pedro Longo (PDT), poderia ser o professor. A política é a arte do diálogo. Mas as diferenças precisam ser colocadas com elegância. Não é briga de torcida de futebol.

2- Posicionamento

Laerte Gomes atribuiu as decisões judiciais em favor dos clientes como uma das causas da defasagem de ofertas de voos para a Região Norte e dos altos preços das passagens.  Ou seja, na avaliação dele, a culpa não é das empresas que prestam péssimos serviços, mas dos clientes que reclamam e ganham na justiça o direito de ser ressarcidos. A culpa é da vítima. A solução proposta por ele é subsidiar as empresas para aumentar o número de voos e conter os preços. Sempre o Estado em socorro das grandes empresas quando quem precisa de subsídio é a população. Chamou a atenção o discurso do parlamentar também por uma frase ” É hora da contrapartida do Brasil com os povos da Amazônia, com as pessoas que desbravaram a região e vieram morar aqui”. Desbravadores é como são chamados os bandeirantes que em busca de escravos e ouro tomaram terras do Brasil para Portugal. Laerte Gomes é natural de uma pequena cidade do interior de Santa Catarina. Os povos da Amazônia, indígenas e ribeirinhos, não são clientes de empresas aéreas. Mal têm dinheiro para pagar transporte em barcos precários.

3- Altas apostas

…grandes perdas. Arthur Lira (PP), ameaçou jogar o governo Lula (PT) nas cordas e se deu mal. O presidente conseguiu a aprovação que queria e ainda tirou Lira da presidência do time. Segundo informações, o governo efetuou a liberação de um montante de R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares para conseguir a aprovação da MP da reforma ministerial.  Mas não via Lira, como este pretendia. Teria sido negociação direta. O que mostra para o Centrão que não precisam de Arthur Lira para negociar. O presidente da Câmara dos Deputados quer ser Eduardo Cunha (MDB), mas não chega aos pés dele em esperteza. Cunha é profissional. Lira, amador. Gastou todo o capital político dele em 6 meses. O presidente da Câmara dos Deputados ameaçou jogar o país em mais 4 anos de instabilidade. De instabilidade, Lira entende. Pode perder o mandato nos próximos dias. Ele só pode se candidatar graças a uma liminar de um juiz de Alagoas- seu feudo. O nome de Arthur Lira está na lista da Ficha Suja. A instabilidade da permanência dele no mandato pode ter sido  um dos motivos de Lula ter apoiado o Lira pra presidência. Tinha na manga a carta da justiça. Ou seja, sabia que o bicho ia crescer, mas ele tinha um alicate para cortar as garras. Lula é passado na casca do alho. Embora se discorde das negociatas entre Executivo e Legislativo por ser uma deturpação da politica, convenhamos que não é possível muda-la por decreto. A mudança depende muito mais do eleitor do que do presidente. Para o chefe do Executivo não há saída rápida- ou joga o jogo ou cai fora.

4-Aplausos

A bancada federal do Acre é 100% de oposição ao governo Lula e de apoio ao governo Gladson em igual proporção. Nelson Rodrigues já dizia: “toda a unanimidade é burra”. Os deputados federais do Acre romperam com isso. Seis deles votaram a favor das MPs do Executivo. Parecem ter entendido que coerência de um representante  é não ser oposição ao povo. A oposição é necessária em qualquer governo pois sem ela não há democracia. Mas oposição dentro dos limites do bom senso. Consciente. Afinal, política é negociação. Oposição a um governo ou partido não pode ser incondicional a ponto de prejudicar o país e o povo. Contra isso se insurgiram as três deputadas federais do Acre- Socorro Néri (PP), Antônia Lúcia (Republicanos) Meire Serafim (União) e os deputados  Eduardo Veloso (União), Zezinho Barbary (PP) e Ulysses Araújo (União).

5-Sinal de alerta

O prefeito Tião Bocalom (PP), tem que prestar atenção aos sinais. A vereadora Lene Petecão (PSD), da base sustentação do prefeito, como 99% da composição da Câmara de Vereadores, anda reclamando da falta de reconhecimento por parte do Executivo. Segundo ela nem é chamada para conversar sobre suas propostas  que depois são apresentadas como tendo sido ideia do prefeito.  Quem paga a caneta, escolhe as palavras. Não sei se é o caso, mas não creio que a “sustentação ao prefeito” seja “de grátis”. Todos sabem que não existe almoço grátis. Além disso, Lene é irmã do senador Sérgio Petecão (PSD). O partido dos irmãos Petecão rompeu com Bocalom. Uma hora ou outra Lene terá que se assumir oposição. Ou a Boca ou ao partido. A vereadora do PSD é a primeira. Abriu a porta. Outros deverão segui-la. Tudo o que prefeito de Rio Branco não precisa é uma oposição forte na Câmara.  O barco que já vem navegando com dificuldade pode naufragar.

6- PF

A Polícia Federal trabalha na desarticulação de grupos neonazistas no Brasil. Nesta sexta (02) estão sendo cumpridos mandados no Espírito Santo, resultado da investigação da chacina de novembro do ano passado quando um adolescente matou a tiros 4 pessoas e feriu outras 13 em escolas no interior do estado. A investigação policial mostrou que o garoto participava de um chat extremista que divulgava noticias falsas, promoção de ideais nazistas como o ódio a minorias,  tutoriais de assassinato além de ensinamentos sobre a fabricação de artefatos explosivos. Triste a expansão desses movimentos violentos no mundo e ainda mais, ver como essas velhas ideias de ódio encontram terreno fértil nas mentes infanto-juvenis.

7-Mais uma cacetada

Para encerrar a semana com mais uma cacetada no bolso do pobre, o governo do estado anuncia que vai começar a cobrar imposto sobre as compras online de lojas internacionais. 17% pode não parecer muito, mas é mais um baque no bolso da população mais pobre que adquiria suas roupas em lojas como a Shein. Os de melhor poder aquisitivo conjugam o comprar no passado, presente e futuro, nas boutiques. Não precisam das Shein e Shopees. Mas os de baixo poder aquisitivo driblavam as crises para se vestir nas lojas internacionais online, muito mais baratas. Impressiona como a bordoada sempre vem nas costas dos mais pobres.

8- Lido e aprovado

Você estuda em escola particular a vida toda. Tem todo material escolar em ordem. Vai ao cinema, teatro e viaja. Come carne todo dia. Tem plano de saúde e odontológico. Nunca teve problema em circular em qualquer ambiente. Nunca te pediram para abrir a mochila para verificar se dentro não havia nenhum objeto furtado. Fez cursinho de inglês e pré-enem particular. Tem lugar sossegado para estudar e material de apoio. Nunca precisou trabalhar para se bancar e bancar os estudos.  Mas o privilegiado é o cotista né?

Bom dia, povo. O que ficou pior para o governo Lula- a acusação de que um segurança de Maduro agrediu a jornalista Delis Ortiz ou a comprovação que a agressão foi praticada por um membro do Exército Brasileiro? No mais, sextou. Até segunda.

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