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Coluna da Angélica- Michelle Melo continua no centro das atenções

1-Dia D

Todas as atenções estão voltadas para a sessão da Assembleia Legislativa desta terça-feira (05). A expectativa é que os discursos ambientalistas do Dia da Amazônia sejam substituídos pela sucessão de Michelle Melo (PDT),  na liderança do governo. As torcidas pró e contra Michelle devem registrar cada palavra, cada gesto. Na corda bamba, a deputada sabe que seu pronunciamento terá maior impacto que o da semana passada. Se deixar passar em branco, vão dizer que amarelou. O mesmo será se proteger o governador das críticas ou permanecer na base do governo. Se atacar a Segov pegará o caminho errado. Afinal a decisão é do governador. Michelle não pode terceirizar a decisão. Talvez a ausência seja registrada para uma volta quando a poeira tenha baixado e as decisões amadurecidas. Aguardemos.

2-Controvérsias

No núcleo duro do governo a avaliação da atuação de Michelle Melo como líder é dura. Segundo os analistas do Executivo o esquema da ex- líder Michelle era o sonho de consumo de qualquer parlamentar: comer só o filé e deixar a ossada para os liderados. Ou seja: manter os cargos e os louros das realizações simpáticas do governo. Entretanto quando aparecia qualquer matéria impopular e polêmica Michele corria para fazer barulho junto com a oposição. Avaliam que o governo do Estado estava sendo usado como escada política para a líder subir. Por lá,  respiram aliviados com a troca…por enquanto. A parlamentar marcou sua passagem pela liderança do governo como uma cicatriz. Com queloide.

3-Fogo de palha

O setor informal de notícias está abarrotado de disse me disse. Michelle estaria de malas prontas para sair do PDT. A única indecisão seria entre o Podemos de Ney Amorim e o PSD do senador Sérgio Petecão. O Podemos integra a base de sustentação do governo…Manoel Moraes (PP), o substituto apressado, vestiu a faixa de líder do governo antes mesmo de ser oficializado. Mas analistas políticos acham que não deve esquentar o banco. A tendência é que seja triturado pela oposição. Se Edvaldo Magalhães (PCdoB), sozinho consegue essa façanha, imaginem se tiver a ajuda de Emerson Jarude (Novo) e Michelle Melo. Esta com muitas informações do lado de lá.  Nos bastidores a aposta é que Moraes na liderança do governo será fogo de palha: pega rápido e apaga logo. Para estes, o governo do Estado terá que reconduzir Luís Tchê (PDT) de volta à Aleac em breve para assumir a função de líder do governo.  Isso se o governo estiver disposto a pagar o preço para não degringolar. Em política nada se cria, tudo se negocia.

4-Insanidade

O deputado estadual Anderson Moraes (PL), é autor do projeto que propõe a extinção da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e a transferência da oferta de vagas para as instituições privadas. A justificativa do parlamentar é que a universidade pesa no orçamento e tem viés socialista “ataca e oprime ferozmente conservadores e liberais”. O deputado que quer acabar com uma das mais importantes universidades públicas do país, nunca frequentou uma universidade. Tem apenas o ensino médio. Detalhe que não o impediu de ser presidente da Comissão de Economia da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ). A Uerj é a universidade pública com o maior número de cursos noturnos. Voltada portanto para o público trabalhador. Olhos atentos observai quem são os que estão contra os pobres. Atacar universidades é um projeto perverso. É o velho dividir para dominar. Dominar a partir da ignorância. Olhos atentos, atentai.

5- Desomenagens

A Associação de Docentes da Universidade Federal do Acre (ADUFAC), realiza nesta terça-feira (05), a retirada simbólica de uma das placas que homenageiam pessoas que contribuíram com a ditadura militar que controlou o Brasil com mão de ferro de 1964 a 1985. A decisão foi tomada porque a Administração Central da Ufac ainda não cumpriu a decisão do Conselho Universitário.  Durante 21 anos a ditadura militar usou e abusou de censura, torturas, perseguições e mortes. No momento em que o fascismo se espalha pelo mundo e pelo Brasil faz-se necessário mostrar os horrores daquela época. O poder total cria monstros. Ditaduras não têm oposição. Mesmo assim um percentual expressivo de brasileiros queriam a volta da ditadura militar. Prova disso foram os atos terroristas de 8 de janeiro. A tática é sempre a mesma. Elege-se um inimigo comum e a partir de então disseminam-se mentiras e informações distorcidas que inflamam os ânimos mal informados. Com isso atinge-se um ambiente de desequilíbrio que justifica a retomada da ordem. Hitler e Mussolini utilizaram essa mesma tática. Não dá para brincar com o fascismo. A propaganda fascista convence os desavisados que tomar soda cáustica faz bem para a saúde.  Parabéns à ADUFAC.

6-Discurso X Prática

O ex-prefeito de Catuji (MG), Fúvio Luziano Serafim (PL), torturou e matou a esposa. O exame cadavérico constatou  traumatismo cranioencefálico em dois locais da cabeça,  estômago, traqueia e esôfago machucados e asfixia mecânica. O que mostra que Juliana Ruas El-Aouar foi torturada até a morte. O motivo do crime violento foi a intenção da médica psiquiatra de se divorciar do marido político que a espancava. Nas redes sociais Fúvio Luziano se apresenta como defensor dos valores cristãos, da moral e dos bons costumes. Juliana era a segunda espôsa de Fúvio. A primeira, Zeliane Rodrigues Soares, morreu em 2016, dias após Fúvio ser reeleito prefeito de Catuji. Ela dirigia sozinha pela estrada. Perdeu a direção do carro que caiu num barranco e capotou várias vezes. Fúvio Luziano  foi autuado em flagrante pela morte de Juliana e encaminhado ao presídio.

7-Engordando o PP

O ex-prefeito de Tarauacá, Rodrigo Damasceno vai se filiar ao Progressistas de Gladson Cameli no próximo dia 29. Rodrigo foi prefeito pelo PT. Nos últimos anos andou tateando por outros partidos percorrendo a centro-direita até optar pela direita tradicional representada pelo PP. As melhores experiências de Tarauacá foram com as prefeituras do PT: Jasone Silva e Rodrigo Damasceno. É preciso destacar que ninguém governa sozinho. À época os dois prefeitos contaram com o apoio de lideranças de esquerda, tanto municipais quanto estaduais. As condições de Rodrigo agora são diferentes, mas ele está disposto a encarar o desafio com amplas possibilidades de vitória contra Néia Sérgio (PDT). Sua atuação médica no município manteve o eleitorado fiel, entretanto muitos ex-companheiros torcem o nariz para essa guinada partidária. Boa sorte para Tarauacá. O município está precisando.

8-Dinheiro tem

Em 2021, a então deputada federal Mara Rocha garantiu o pagamento de uma emenda de 5 milhões para a construção do novo mercado Elias Mansour. Exatamente dois anos depois, nada foi feito. Os feirantes continuam sofrendo com as más condições e perdendo os produtos, como aconteceu durante a chuva de sexta-feira (01). Mas o prefeito Tião Bocalom (PP) não pode alegar que os 5 milhões foram levados pela enxurrada. A não pela enxurrada de falta de compromisso de sua equipe. Perdão, mas não há outro jeito de classificar uma equipe que em dois anos não conseguiu licitar uma obra. Tendo dinheiro em caixa. Gestores que só querem saber de obras de impacto como viadutos e pontes não percebem o impacto social de obras voltadas para melhorar as condições dos trabalhadores. São como o homem que caminha olhando as estrelas e tropeça nas pedras que estão no chão. As estrelas de Bocalom são as 1001 casas. As pedras, a equipe.

Bom dia, Secretário de Segurança do Acre, coronel José Américo Gaia. Então Vossa Excelência não se dignou a comparecer à audiência pública realizada pelos vereadores da capital para debater a violência…Nem ações nem justificativas?  Pode não ser, mas que parece, parece né? 

Esta é uma coluna de opinião e reflexão

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