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Coluna da Angélica- As meninas superpoderosas do Acre

1-Todas as pontas

O candidato a prefeito da capital pelo MDB, Marcus Alexandre, parece ter se segurado em todas as pontas políticas. Segundo o setor informal de notícias, recebia mesada do deputado Tanízio Sá (MDB), desde o início da legislatura. Quando ainda estava lotado no Tribunal de Justiça. Tanízio também acomodou em seu gabinete o fiel escudeiro de Marcus Alexandre. O candidato também  teve o irmão lotado no gabinete de Eduardo Ribeiro (PSD)  e um sobrinho no governo do Estado. E ainda criticam Socorro Néri (PP), por ter acomodado a namorada da sobrinha em seu gabinete. Como dizia Stanislaw Ponte Preta, “Restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos!”.

2-Revelação

Tanízio Sá fechou seu primeiro ano na Assembleia Legislativa como a grande revelação. Chegou de Manoel Urbano como quem não quer nada e se estabeleceu em menos de um ano como um bom deputado e grande articulador político. A voz mansa esconde o discurso duro. Foi ele quem deu o cala boca histórico na ex-líder do governo Michelle Melo (PDT), quando esta centrou as críticas no delegado-geral Henrique Maciel. Michelle que acusava Maciel de assédio, recebeu como resposta de Tanízio que a acusadora responde ação por assédio moral a uma ex-funcionária de seu gabinete. Tanízio ainda consegue a proeza de integrar a base de sustentação do governo e ter cargos apesar de apoiar o principal adversário do governo na disputa pela prefeitura da capital. Não se sabe até quando. O fato está chamando a atenção e já tem gente incomodada com isso. Aguardemos.

3-Poderosas

As mulheres deram o tom na política acreana em 2023 e assim permanecem neste início de 2024. Socorro Néri por exemplo, foi o único destaque positivo na bancada federal do Acre. Ana Paula, ex-Cameli, ganhou o troféu classe. Mesmo atacada publicamente pela mãe do governador, sua ex-sogra, nunca reagiu. Tocou a vida apesar da reação negativa de sua própria família. Uma lady. Mailza Assis (PP), segundo ecos dos bastidores, está numa campanha cerrada de orações junto com os pastores dela. Pressa em se livrar do substantivo vice? Não sei e nem quero saber. Mentira, quero saber sim.  Fevereiro está as portas com a possível decisão do STJ, o que alimenta boatos e beija-mãos da vice. Leitor atento diz que a Faixa Preta Antônia Lúcia (Republicanos), é “a” poderosa. Bastou o líder do governo, Manoel Moraes (PP), enfrentá-la, para ter uma crise de hérnia de disco e ficar imobilizado. Só não se sabe se o poder dela vai ser forte o bastante para salvar o marido Silas Câmara (Republicanos), da cassação.

4-Na boca

Tião Bocalom (PP), continua na boca da reeleição. Apesar dos adversários. Inclusive de Marcus Alexandre. Fato que de acordo com informações de dentro do MDB, já acendeu a luz vermelha dentro do partido. Imaginavam que a eleição de Marcus Alexandre seria uma lavada e perceberam que a resistência é poderosa. Boca vem mantendo bons índices nas pesquisas. Na última, empate técnico com Alexandre. E tem a máquina na mão. E obras e melhorias a entregar. Sem contar as 1001 casas populares. Marcus Alexandre pode até vencer a eleição, mas não será fácil como tirar doce de criança. Por falar em Bocalom, foi muito elogiada a queima de fogos promovida pela prefeitura de Rio Branco na virada do ano. Assim como a do governo. Pena que na capital a Lei dos Fogos sem Barulho não tenha sido totalmente respeitada. O barulho não faz bem e o Bem não faz barulho, reza a cartilha dos ditados populares.

5-Máfia da Miséria

Por 25 votos os vereadores de São Paulo aprovaram uma CPI para investigar o padre Júlio Lancellotti. CPI que tem como alvo quem presta apoio humanitário a pessoas em situação de rua e a dependentes químicos da região da Cracolândia. Entre as assinaturas, a do vereador trans Thammy Miranda (PL), que foi defendida pelo padre Lancellotti quando recebeu ataques dos conservadores por participar de uma campanha publicitária do Dia dos Pais. A CPI foi proposta por Rubinho Nunes (União), vereador acusado de dar calote em bancos, gastar 1.5 milhão de verba pública com festinhas em igrejas evangélicas e de abrir o Plano Diretor para as incorporadoras, o que favorece a especulação imobiliária.  A CPI quer saber de onde vem o dinheiro para o padre alimentar os moradores de rua da cidade. Olhos atentos observam que mais que a busca por holofotes e lacração nas redes sociais, a proposta da CPI da Caridade que é conhecida por Máfia da Miséria tem um objetivo maior. O de criar uma cortina de fumaça para  desviar o foco dos embaraços do governo de São Paulo como a privatização da Sabesp e dos problemas envolvendo a PM em SP.

6-Risco

Pelo que se observa nas reações, o risco é que a iniciativa dos vereadores de São Paulo resulte numa maior polarização da sociedade com uma guerra entre as igrejas evangélicas e a católica. Evangélicos que se entendem como donos de Jesus, como se Cristo fosse uma franquia, dizem que não se pode ser cristão e comunista, referindo-se ao padre Júlio Lancellotti, que é considerado “de Esquerda”.  Católicos reagem dizendo que pedir ofertas de milhões e pagar dízimo em Igrejas Evangélicas é permitido mas alimentar quem tem fome é crime. E provocam “não era o Lula que ia perseguir cristãos ? Fechar igrejas? Agora todos sabem que são!”, referindo-se a ideologia de extrema direita dos apoiadores da CPI de Lancellotti. Tanto igrejas evangélicas quanto o padre Lancellotti, realizam um trabalho que é obrigação do Estado.  Alimentar os pobres.  A mistura funesta de igreja com política leva ao conflito. A política necessita de palco para sobreviver. O fascismo, de ódio e inimigos a combater. Quando os dois se unem, a população sofre as consequências. E estas não são nada boas. Responda depressa: ser contra alimentar quem tem fome é uma piada de mau gosto ou é uma piada de mau gosto ser contra alimentar quem tem fome? Necessitamos de uma CPI para investigar o nível de compromisso dos políticos com a população. Necessidade urgente.

7-Padre

Em toda a disputa eleitoral o padre Júlio volta às manchetes. Sempre trazido por políticos de Direita. Anos atrás envolveram o padre em um suposto caso de pedofilia. Ele teria tido um caso com um garoto de 16 anos. Júlio Lancellotti sempre negou o relacionamento e nada ficou provado contra ele. Mas em toda a campanha o assunto volta à tona com o apoio substancial de sites que espalham Fake News, carimbando o padre de pedófilo. Júlio Lancellotti é político. Não político partidário. Mas de ações e instigações à uma visão crítica da realidade. O que faz dele uma vítima dos viventes da realidade paralela. O padre não é santo, como aliás nenhum líder espiritual de nenhuma religião. Mas daí a uma acusação sem sustentação de ninguém mais além de um único suposto envolvido, a palavra de um contra o outro,  é no mínimo irresponsável. Vale ressaltar que quem fez um carnaval com essa acusação ao padre Júlio, foi o Mamãe Falei (União), cassado por quebra de decoro depois de 21 representações. Arthur do Val foi aquele que disse que as refugiadas ucranianas eram fáceis porque eram pobres. Ponto

8-Golpe

A exigência de visto para turistas dos EUA, Canadá e Austrália será um duro golpe no turismo acreano. Vai dificultar a vinda de turistas desses países ao Acre para saborear o Pirarucu de Casaca. Contém 100kg de ironia.

Bom dia, deputado Fábio Rueda (União). Desculpe o mau jeito, mas Vossa Excelência queria tanto um mandato no Acre para o que mesmo? Por nada não, mas é que precisamos de parlamentares comprometidos com o Acre. Rondônia e Amazonas têm bancadas muito maiores que a do Acre para defendê-los né?

Esta é uma coluna de opinião e reflexão.

Contato- [email protected]

Imagem- UOL

 

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