Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), confirmam que o desmatamento atingiu uma área de 1.180 km² de 01 a 28 de maio.
Foram detectados nesse período, 4.148 alertas no Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), um aumento de 41% em relação aos 31 dias do mesmo mês em 2020 – ou de 82,9% ao se considerar os mesmos 28 dias.
Segundo a CNN os municípios com maior área desflorestada foram Altamira/PA, com 104 km², Labrea/AM, com 97,49 km², Novo Progresso/PA, com 77,33 km², Porto Velho/RO, 68,03 km², e Itaituba/PA, com 63,87 km².
Segundo o site Poder 360, o Amazonas lidera o ranking dos Estados com maior área desmatada (28%), seguido pelo Pará (26%), Mato Grosso (22%), Rondônia (16%), Roraima (5%), Maranhão (2%) e Acre (1%).
Nos municípios de Lábrea e Apuí, no Amazonas, que lideram o ranking dos 10 que mais desmataram, houve perda de 126 km² de floresta, o que representa quase 60% de todo o desmatamento do Estado detectado em abril.
Esta é a primeira vez que o número ultrapassa 1.000 km² no mês de maio. Este é o terceiro mês seguido que o Inpe registra recordes de desmatamento.
O mês de maio marca o início da estação seca, quando a devastação se intensifica, em grande parte da região amazônica.
De acordo com a Coalizão Brasil, 90% das instituições de pesquisas detectaram que 60% das empresas avaliam os números do desmatamento na hora de tomar decisões de negócios. Embora não seja possível afirmar que o levantamento representa o perfil de uso de dados de todo o setor privado brasileiro, ele traz pistas importantes sobre como as empresas têm utilizado esta informação.
A Coalizão Brasil sigere a instalação de um Grupo de Trabalho reunindo congressistas e especialistas para apontar caminhos e apresentar propostas legislativas para melhorar a gestão das florestas públicas. (Veja aqui )
A Coalizão Brasil é um movimento multisetorial, composto por entidades que lideram o agronegócio no Brasil, as principais organizações civis da área de meio ambiente e clima, representantes de peso do meio acadêmico, associações setoriais e companhias líderes nas áreas de madeira, cosméticos, siderurgia, papel e celulose, entre outras.
Foto Jornal A Crítica