Acre in Foco – Notícias do Acre Acre-in-Foco – Jornal com as Últimas Notícias do Acre
1- Caça às bruxas
Não adianta a caça às bruxas iniciada na prefeitura de Rio Branco para descobrir e punir quem está me passando informações confidenciais. Não adianta a caça, porque as bruxas existem e estão bem camufladas. Não serão descobertas. Uma segura o braço direito do prefeito e a outra, o braço esquerdo. E não adianta espernear porque os bombeiros não detectam fogo amigo antes do incêndio se espalhar. E vai se espalhar se o prefeito continuar a fazer vistas grossas para atividades consideradas nada republicanas de três Secretários, envolvendo a distribuição de cargos na estrutura da gestão. Bocalom deveria colocar as barbas de molho mesmo sem ter barba porque perto da bomba que pode explodir em breve, dizem que Frank Lima pode ser considerado um anjo. E tudo o que o prefeito não precisa neste momento é um escândalo. Te alui Boca. Mais não falarei…por enquanto. O alerta está dado. Esqueça os mensageiros. Foque em quem está furando o piso do barco antes que ele afunde.
2- Bruxas a solta
A bruxa está solta na política de Rio Branco depois da briga de Bocalom (PP) e Petecão (PSD) ter vindo a público. Pelos cantos, já tem gente fazendo contas: Marcus Alexandre (sem partido) quer mesmo é uma vaga de deputado. Seja estadual ou federal. Deve disputar a prefeitura em 2024 para se cacifar para 2026. Marfisa Galvão (PSD) pode ser a vice dele. Marcus se afasta e Marfisa assume a prefeitura a tempo de ajudar a reeleição do marido para o Senado. O problema desta tese é que Bocalom também faz as contas, mas estas não fecham- se for para a reeleição com Márcia Bittar de vice, e se afastar para concorrer ao Senado, Márcia assume a prefeitura e vai ajudar a reeleição de Márcio Bittar. Elucubrações à parte, na avaliação de muitos, Bocalom perdeu a mão ao insistir na reeleição. A rigor ele dispõe de 8 meses para fazer o que não fez em 3 anos, porque o resto do tempo que o separa da eleição é chuva e campanha. Ocorre que 8 meses é tempo suficiente para por ordem na casa. Além disso a construção das 1001 casas só depende de um dia. Não esqueçam deste detalhe.
3-Arrogância
Impressionante a arrogância dos Ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e José Múcio (Defesa) em criticarem o MST. Os Ministros entendem que o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra tem que ser contido para não afetar a popularidade de Lula (PT). Ocorre que o governo não pode sufocar ou julgar movimentos sociais e sim discutir com eles. O MST é o principal movimento social das Américas. Tem 39 anos de história e luta. Portanto, tem legitimidade para debater suas reivindicações. O governo Lula está entre a pressão do grande capital e a das bancadas conservadoras e se forem ouvidas apenas as vozes tradicionais nunca haverá avanço. O papel de um movimento social não é e nem pode ser a preocupação com a popularidade de um ou outro governante. Seu papel é criar conflito para que a democracia se amplie. Governo nenhum avança sem pressão. As ocupações do MST que acontecem todo o mês de abril fazem parte da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, intitulada “abril vermelho”. E se tornou um marco nacional da luta camponesa desde o massacre de Eldorado do Carajás (PA), ocorrido em 1996. Durante o governo Bolsonaro, o MST fez mais de 150 ocupações. Elas têm por objetivo o enfrentamento e denúncia contra a fome a escravidão, apresentando a reforma agrária como alternativa. E não, a reforma agrária, ou distribuição de terras, não é uma ideia socialista. Nos Estados Unidos, a terra foi garantida no governo Lincoln (1860). Todo cidadão que morasse nos Estados Unidos teve o direito a ter 100 acres, cerca de 67 hectares, desde que morasse e trabalhasse na terra. Após três anos de moradia comprovada, o Estado concedia o título definitivo.
4-Contradições
No dia em que os deputados estaduais do Acre vociferavam contra a Gol, empresa aérea, os deputados federais analisavam a Medida Provisória 1147 do ex-presidente Jair Bolsonaro que isenta as empresas aéreas do pagamento das alíquotas do PIS e da Cofins por 5 anos. Ou seja, a farra vai longe. Enquanto isso as empresas continuam a cobrar o equivalente a um rim por serviços questionáveis. A Gol por exemplo é useira e vezeira em aprontar com a população do Juruá em especial. Lembram que a Gol havia encerrado seus voos para Cruzeiro do Sul, mesmo sendo a única empresa a fazer o trecho aéreo Rio Branco/Cruzeiro do Sul e só o manteve graças a ação do promotor Iverson Bueno que obrigou a empresa a manter o serviço? ( Relembre Aqui ). Não vi nenhum deputado federal do Acre aproveitar a discussão sobre a MP que beneficia as empresas aéreas para levantar a voz, ou falar em voz baixa, nem mesmo cochichar sobre o descaso da Gol com a clientela acreana. Que falta faz uma voz na Câmara dos Deputados!
5-Cortando as asas
Em uma reunião realizada nesta segunda-feira (24), os deputados decidiram limitar o número de assessores parlamentares no Salão Nobre da Assembleia Legislativa. A partir de agora apenas dois assessores de cada parlamentar pode permanecer no Salão Nobre. A medida foi adotada porque o local ficava lotado de assessores o que atrapalhava os trabalhos. Tinha parlamentar “espaçoso” que além de encher o Salão Nobre com seus assessores ainda usava as salas de reuniões como gabinete para despachar. Como não “se tocou”, foi preciso uma decisão conjunta para recolocar as coisas no devido lugar. A imprensa continua a ter o acesso liberado para fazer seu trabalho. Conto o milagre, mas o santo, nem pensar.
6- Racha
O bolsonarismo moderado e o bolsonarismo radical estão se desentendo por causa da CPMI dos atos criminosos de 8 de janeiro, quando vandalizaram as sedes dos três poderes. Os moderados avaliam que os radicais perderam a mão ao insistirem na realização de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, por entenderem que a maioria na comissão será da base governista e a narrativa irá prejudicar Jair Bolsonaro. Eles avaliam que ex-ministros terão suas reputações massacradas e que a ala radical não conseguirá muito retorno com o uso do Congresso como cenário para vídeos. Além disso, temem a reação do judiciário que pode utilizar as informações que surgirem na CPMI, como prova nos processos. O próprio PL, partido de Bolsonaro não queria indicar Eduardo Bolsonaro para a CPMI, mas ele fez pressão até conseguir que junto com o irmão senador Flávio possa integrar o que chamam de “tropa de choque”. Para os moderados, o risco é que o “choque” acabe eletrocutado.
7- Pingos nos is
O presidente da Executiva Estadual do PT no Acre, Cesário Braga resolveu colocar as coisas no devido lugar, após matérias promocionais rodarem a imprensa a respeito de verba para o auxílio aos atingidos pela cheias no Acre, neste ano. Cesário usou as redes sociais para colocar um fim na autopromoção: “O presidente Lula liberou mais de 3,3 milhões para ajudar os municípios atingidos pelas cheias! Tem senador e deputados querendo ser o pai da criança! Mas esse dinheiro é fruto do compromisso do presidente Lula com o Acre!”, disse ele, desnudando a farsa. Em outras palavras, deixou de mãos abanando os que faziam cortesia com o chapéu alheio.
8-Ação rápida
Hissan Hussein (65), prefeito de Araucária (PR), que casou com uma menina de 16 anos e no dia seguinte ao casamento empossou a sogra na Secretaria Municipal de Cultura, foi convidado a se desfiliar do partido Cidadania. No site do partido consta o desligamento como se tivesse sido por solicitação do ancião casadoiro, mas ninguém duvida da pressão. A terceira esposa de Hissan é a ex-miss teen da cidade que ele administra e o casamento foi realizado um dia depois da adolescente completar 16 anos, idade mínima para se casar no Brasil. O caso está sob a investigação do Ministério Público do Paraná. O prefeito que nunca foi filiado a outro partido estava no Cidadania desde 2009.
Bom dia, senador Márcio Bittar (União). Ainda que mal pergunte, o que houve com a nomeação de seu filho João Paulo para a Fundação Garibaldi Brasil? O que era dado como certo deu ruim foi? Boca pulou para trás? Dizem nos corredores da prefeitura que JP já era Secretário, antes mesmo da exoneração de Pedro Henrique…Por nada não, só curiosidade mesmo.
Esta é uma coluna de opinião
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Imagem- Sindsaude
