Os trabalhadores em Educação, em greve por tempo indeterminado desde o dia 13 de maio, mostraram força mais uma vez nesta segunda-feira (17). Eles realizaram uma carreata e uma manifestação na frente da sede administrativa do governo.
O governador Gladson Cameli (PP), tentou ganhá-los na simpatia como fez na manifestação dos PMs, quando adesivou o próprio carro e posou para foto, mas não conseguiu repetir o feito .
No meio do tumulto o governador disse: “Quer que eu faça o que? Que eu dê um…(inaudível)”. Um professor responde ao governador: “Respeite a nossa classe, cara”
O clima é de tensão. A Secretaria de Educação ameaça rescindir os contratos dos professores provisórios caso não voltem ao trabalho. Os professores do EJA e os diretores de escolas também estão sofrendo pressões. Alguns diretores chegaram a retirar os nomes da lista por conta disso.
As baixas entretanto não arrefeceram o ânimo. A categoria permanece unida e decidida a manter a paralisação.
À tarde, o comando de greve se reuniu com o Líder do Governo, deputado Pedro Longo (PV).
Em cerca de uma hora de reunião, os grevistas expuseram as promessas não cumpridas, as necessidades que os professores têm durante a pandemia com o aumento de custos que o trabalho tem gerado e falaram dos recursos do Fundeb que “parecem ter sido mal canalizados”. Explicaram que a reposição das perdas da inflação é o mínimo que pode ser feito dado o empobrecimento dos trabalhadores.
Os professores pediram ainda que cenas como as registradas no vídeo abaixo nesta segunda-feira em frente à Casa Civil sejam evitadas: “Demonstrações como aquela não nos levam a lugar algum”.