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Governistas tentam implodir a CPI da Educação
Governistas tentam implodir a CPI da Educação

Governistas tentam implodir a CPI da Educação

Os deputados de oposição e o grupo dos independentes estão atentos às manobras.

Depois de apresentado requerimento pedindo a instalação da CPI da Educação, quase à meia noite de terça-feira (20), uma série de eventos foram desencadeados. A tropa de choque do governo entrou em campo pressionando os deputados a retirarem as assinaturas. Nenhum retirou. Uma reunião às pressas, foi realizada entre o governador e sua base. Na sequência Gladson Cameli ameaçou suspender os contratos das empresas terceirizadas que fornecem mão-de-obra para o estado. O deputado Fagner Calegário (Podemos), um dos 9 parlamentares que assinaram o pedido de CPI, tem sua base política entre os empresários e funcionários de empresas de terceirização.

Sem sucesso em nenhuma das tentativas, na terça-feira (27), o líder do governo, deputado Pedro Longo (PV), apresentou uma outra proposta de CPI, retrocedendo as investigações ao ano de 2016. A CPI original estabelece o tempo de investigação entre os anos de 2019 e 2020.

Os proponentes da CPI para investigar indícios de irregularidades na Secretaria de Educação no governo Gladson Cameli (PP), não aceitam a fusão das duas CPIs, como foi proposta pela base de sustentação do governo por entender ser um subterfúgio para gastar tempo com o governo anterior e não adiantar a investigação do atual.

Eles não se opõem ao funcionamento simultâneo das duas CPIs e se dispõem a endossar a apuração solicitada pelo governo assinada por 14 dos 15 deputados governistas, desde que possam fazer a sua própria investigação sobre o período atual.

Os dois requerimentos foram lidos na sessão desta terça-feira (27), mas no final da sessão, o presidente Nicolau Júnior informou que havia remetido os dois pedidos à assessoria jurídica da casa e estava aguardando o parecer.

Nesta quarta-feira (28), o presidente Nicolau júnior não compareceu à sessão. Em um comunicado, informou estar acompanhando um transplante do pai dele, fora do estado.

O líder da oposição, Edvaldo Magalhães (PCdoB) cobrou: “Apesar da ausência do presidente as questões regimentais precisam ser cumpridas. Uma vez lido o requerimento, o presidente tem 48 horas para promulgar a resolução. Uma vez publicada em Diário Oficial, as bancadas têm 24 horas para indicar os representantes. Peço providências para garantir o cumprimento do Regimento”.

A oposição e os independentes entendem que o atraso é uma manobra para ganhar tempo e conseguir a retirada de duas assinaturas do requerimento, o que inviabilizaria a CPI. A partir do momento em que for publicada, ninguém mais pode retirar assinatura. Por isso a cobrança de Edvaldo.

O grupo também está atento à movimentação do governo no sentido de judicializar a questão. Caso isso aconteça, não se tem ideia de em quanto tempo a justiça iria se manifestar e quanto tempo levariam os recursos.

Paralelo a isso os deputados que assinaram o pedido da CPI original estão sendo vítimas de ataques. O deputado Daniel Zen (PT), disse na sessão desta quarta-feira (28): “Não adianta os kamikazes do governo virem atacar. Sou como “mujangué”, quanto mais bate mais afiado eu fico”.

Mujangué ou mujanguê, é uma comida típica da região norte, provavelmente de origem indígena, feita de ovos crus de tartaruga, tracajá ou gaivota, com farinha d’água e açúcar.

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