De acordo com os dados fornecidos pela Polícia Civil, o Acre registrou 49 casos de estupro nos primeiros seis meses de 2023, evidenciando um grave problema social que afeta a segurança, especialmente de mulheres e crianças. Entre esses casos, 32 foram enquadrados no artigo 213 do Código Penal Brasileiro, que trata do crime de estupro, enquanto os outros 17 foram enquadrados como estupro de vulnerável. Essa última tipificação se aplica quando a vítima é menor de 14 anos, mesmo que o ato não envolva a conjunção carnal.
A ocorrência desses 49 estupros é um sinal preocupante da violência sexual que permeia o estado do Acre. Além disso, os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgados no ano passado apontam que o número de estupros no Acre aumentou em 88% entre 2020 e 2021, os primeiros anos da pandemia do novo coronavírus.
A Polícia Civil ainda não divulgou quais medidas estão sendo tomadas para tentar conter esses casos, bem como perfis de agressores e outras informações. Entre os casos registrados este ano estão o de um aposentado de 80 anos suspeito de abusar sexualmente da neta de seis anos, dois homens e um terceiro suspeitos de terem estuprado uma mulher embriagada, o estupro de uma indígena de 13 anos, um caso de estupro coletivo e o de um professor da rede municipal de educação suspeito de estupro de vulnerável praticado contra a sobrinha em 2018.
Esses dados alarmantes ressaltam a necessidade de medidas mais efetivas para combater a violência sexual no estado. A conscientização e a educação podem desempenhar um papel fundamental na prevenção da violência sexual, além do fortalecimento das políticas públicas voltadas para a proteção das vítimas e punição dos agressores.
Por: G1 – Acre.