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Coluna da Angélica- Gladson "deu o bolo" no aniversário de Jordão
Coluna da Angélica- Gladson "deu o bolo" no aniversário de Jordão

Coluna da Angélica- Gladson “deu o bolo” no aniversário de Jordão

1- Presidente
O senador Márcio Bittar, aquele que tem a cara do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) carimbado na testa, antecipou a posse da nova diretoria da Executiva Estadual do União Brasil. O partido integra a base do presidente Lula (PT) e este está prestes a dar “uma juntada” na presidência nacional porque apesar do União ter três ministérios, votou dividido no PL das Fake News. O governo federal avalia que é Ministério demais para meio partido. Pelo jeito, o novo presidente do União no Acre, senador Alan Rick, terá a missão de enquadrar os deputados federais do partido eleitos pelo Acre. Ulysses é o novo vice-presidente e Eduardo Veloso, o 3º vice-presidente. Nenhum votou com o governo.  Fábio Rueda que todos apontavam como o novo presidente, ficou como Secretário-Geral. Se Alan Rick é a ala moderada do partido, imagine os outros. Boa sorte, senador. Vai precisar.
2- Sonho
Márcio Bittar antecipou-se e apresentou Alan Rick para disputar o governo em 2026. O partido sonha com uma aliança que extrapola seus partidos satélites, PL e Republicanos. Quer o MDB na aliança. Mas o MDB quer Marcus Alexandre, ex-PT. E também o PP de Gladson. Parece a Quadrilha de Carlos Drumond de Andrade “João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia”. Nesse encontro da política com a poesia,  alguém arrisca dizer quem vai ficar para tia?
3- Bordoadas de um lado
Bittar que andou se reaproximando do governador Gladson Cameli (PP), meteu o dedo na ferida aberta pelo STJ. Disse as palavras proibidas- Operação Ptolomeu. E ainda aprofundou as críticas dizendo que a equipe de Gladson não tem capacidade técnica para resolver os problemas do Acre. Com um aliado desses, Gladson não precisa de adversários. Bittar fez esse discurso para destacar Alan como a possibilidade anunciada de um governo técnico. Ocorre que ao contrário do imaginário, não existem “governos técnicos”. Governos são políticos. Todo  governo é político, mesmo que negue. E quem diz o contrário falta com a verdade. Partidos que se aliançam ou apoiam têm que ser  bem representados no governo. Quem ajuda a eleger ajuda a governar. Esta é a realidade para além dos discursos acalorados e promocionais.

4-…e de outro

O Secretário Adjunto de Governo, Luís Calixto, que mantém as armas azeitadas e prontas para serem usadas sempre que necessário,  foi rápido em responder aos ataques de Márcio Bittar: “humilhado ao emergir com pouco mais de 4 mil votos nas eleições de 2022 para governador, relator do famigerado Orçamento Secreto, algoz da candidatura de Alan Rick para atender aos caprichos da ex-esposa , Márcia Espinosa, Márcio Bittar é uma espécie de Midas ao contrário. Ou seja: tudo que ele toca vira cocô. Na gestão passada, a turma do Bittar mandou por muito tempo no Depasa, (indicou Tião Fonseca), na Secretaria de Agricultura e na Secretaria de Desenvolvimento Urbano. Resultado: não fizeram nada. Sabedor que a reeleição dele para o senado está no bico do urubu, Bittar agora colou no cangote do senador Alan Rick”.  É pau para lamber sabão e pau para aprender que sabão não se lambe.

5- Miou
O patrocínio do Banco do Brasil ao Agrishow foi retirado depois que a organização da feira “desconvidou” a equipe do governo federal para receber o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os apoiadores do ex-presidente estão surtando por causa da decisão apesar de terem passado os 4 anos de Bolsonaro acusando a esquerda de usar dinheiro público para bancar shows e eventos.  A feira de agronegócio é um evento particular. Isso evidencia aquilo que a gente sempre tenta mostrar- o agroexportador sempre foi bancado com dinheiro público apesar do falso discurso de defesa do  Estado mínimo.  Sempre usufruíram do Estado máximo. Atacavam o Estado enquanto o Estado os bancava. Uma falsa simetria do mercado liberal pujante e autossuficiente. Sem o fomento público o agroexportador não seria o que é. O Banco do Brasil é o maior credor do agroexportador brasileiro, são R$81,5bi. Claro que não é crime pedir empréstimo, mas é proibido a qualquer autarquia pública patrocinar eventos que possam ter cunho político. Bolsonaro é o convidado de honra e estava prevista até uma motociata. Política, portanto.
6- Miou II
O governo brasileiro é o maior acionista do BB. O Banco não poderia nesse contexto patrocinar um evento com o principal adversário do governo. Uma pessoa que não reconheceu o resultado da eleição e sequer  passou a faixa. Pior ainda, quando o Ministro da Agricultura foi desconvidado para não ofuscar a presença de Bolsonaro. O patrocínio seria técnico, mas os organizadores do evento são ideológicos. Seria dinheiro público para fazer campanha para Bolsonaro. O Ministro iria usar o evento para anunciar medidas e créditos para o agro. Bolsonaro não tem poder. A escolha foi feita. Além disso, em depoimento às polícias Civil e Federal, bolsonaristas presos pelo vandalismo de 8 de janeiro, disseram que os atos de terrorismo foram financiados por empresários do agronegócio. Talvez seja a hora e o momento de uma CPI do agronegócio. Talvez já esteja passando da hora de tirar sua história a limpo.
7-Deu bolo
O prefeito de Jordão, Naudo Ribeiro anunciou aos quatro ventos a presença do governador Gladson Cameli no aniversário do município. Na ocasião, também estava prevista a filiação do prefeito ao partido do governador e a presença de Gladson seria uma demonstração de prestígio ao novo membro do Progressistas. Ocorre que o governador não apareceu. Deu bolo no prefeito. O coitado do Naudo que havia chamado a população para receber o governador, teve que enfiar a decepção no saco e se contentar com a presença de Alyson Bestene e Zezinho Barbary. Talvez Gladson tenha desistido de participar do aniversário de Jordão e da filiação do prefeito por vergonha. É que a equipe do governo errou nas contas e fez publicar que o governador parabenizava Jordão que passou a município em 1992, pelos 29 anos, quando uma conta simples de subtrair, mostra que completou 31 anos. A ex-deputada Perpétua Almeida (PCdoB) não perdoou a incapacidade do pessoal em fazer uma conta simples como esta e criticou o fato no Instagram.
8-Veneno
A deputada Michelle Melo (PDT) achou que seria a única a ingerir um copo de veneno e permanecer viva. Refiro-me ao contraste de suas posições mais populares e a liderança do governo, função que ocupa desde o início de seu mandato estadual. As duas coisas são incompatíveis. Na incômoda posição, ou defende o governo ou a população. Em seu batismo de fogo tentou marcar pontos com os dois lados e acabou mal com os dois. Defendeu veemente a derrubada do veto do Executivo sobre o aumento dos valores dos plantões dos técnicos de enfermagem. Michelle contrariou a orientação do governo do qual é líder e votou contra a derrubada do veto nas Comissões, mas votou a favor do governo em plenário. A liderança do governo no Legislativo é a função mais difícil. É um triturador de parlamentares que não tiverem uma armadura de ferro. Poucos conseguiram contentar os dois senhores. Sucesso deputada.

Bom dia, prefeita de Senador Guiomard, Rosana Gomes (PP). É verdade que a Secretaria de Assistência Social é o seu calcar de Aquiles? E que a “herança” vem de longa data? Não seria interessante regular o setor que pode se transformar num problema decisivo na eleição que se aproxima? Bolsa Família não se transforma em bolsa Marc Jacobs né?

Esta é uma coluna de opinião

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