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Nova reunião para debater fim do isolamento terrestre de Porto Walter será realizada na segunda, 02

O impasse trata de um percurso de 84 km de obra de construção da estrada, que atualmente encontra-se sob embargo da Justiça Federal devido a uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal. A estrada foi embargada pela Justiça Federal em 2021, após comprovar que passou por dentro da área de influência direta das terra indígena Jaminawá do Igarapé Preto, em Cruzeiro do Sul.

O presidente da Aleac, deputado estadual Luiz Gonzaga, defendeu a importância do diálogo na busca por soluções. “Estamos aqui num debate para ouvir todos os interessados e encaminhar as medidas necessárias para solucionar os problemas que têm afetado os moradores dessas cidades. Juntos, encontraremos uma solução para melhorar a qualidade de vida dessas comunidades”, disse.

O prefeito de Porto Walter, César Andrade, relatou as dificuldades dos moradores do município e  defendeu a liberação. “Estamos aqui a pedido da nossa população, inclusive os da vizinha, Marechal Thaumaturgo. Saímos confiantes que, com esse apoio da bancada, deputados estaduais e federais, os três senadores e o governo do Estado, vamos avançar. E se tem alguma coisa errada no que diz respeito às normas ambientais, vamos corrigir”, disse o gestor.

A vice-governadora Mailza Assis falou da importância da obra para os municípios do Juruá e para a população, enfatizando as dificuldades enfrentadas durante a seca. “Mais de 11 mil habitantes precisam dessa estrada para garantir seu acesso e deslocamento, especialmente quando o rio não é uma opção, como estamos vendo agora nessa crise hídrica, que os rios estão sem condições de navegação. As passagens aéreas são caras. Nem todos conseguem pagar, e o nosso compromisso é garantir o direito de ir e vir dos cidadãos”, disse.

O procurador do Ministério Público Federal (MPF), Lucas Dias, defendeu a atuação do órgão no caso envolvendo o embargo da estrada que liga Porto Walter aos municípios do Vale do Juruá, destacando a necessidade de cumprir as normas legais para a construção de obras com impacto ambiental e em terras indígenas. “Estamos cientes das dificuldades enfrentadas pela população devido ao isolamento da região, mas a estrada foi aberta sem os devidos estudos de impacto ambiental e sem as autorizações necessárias de órgãos federais, como o Ibama, o que contraria a legislação vigente”, afirmou.

Encaminhamentos

Na próxima segunda-feira, 2 de setembro, uma reunião será realizada com todas as autoridades competentes na sede do Poder Legislativo. Também serão assumidos pactos que garantam um desfecho para o licenciamento da construção do acesso dos municípios.

Participaram do debate os senadores Sérgio Petecão, Márcio Bittar e Alan Rick; deputados federais coronel Ulysses e Zezinho Barbary; vice-presidente do Tribunal de Justiça do Acre, desembargador Luís Camolez; gestora adjunta da Secretaria de Meio Ambiente, Renata Souza; prefeito de Rodrigues Alves, Jailson Amorim, e representantes da sociedade civil.

Também estavam presentes os órgãos responsáveis pela abertura das estradas, o Departamento de Estradas e Rodagem (Deracre); o chefe do Núcleo de Meio Ambiente, por sua diretora Leidiane Silva; o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), além dos órgãos ambientais federais, ICMBio e Ibama.

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